Como a pandemia mudou o entretenimento online

Como a pandemia mudou o entretenimento online

Desde que a pandemia do novo coronavírus tornou-se uma realidade dura e cruel, para quase todos os países do mundo, o modo como vivemos foi totalmente alterado. Com as medidas restritivas e a diminuição na circulação de pessoas, as atividades on-line ganharam ainda mais protagonismo. Em um mundo extremamente conectado, a internet assumiu relevância total no funcionamento dos mais diversos setores.

Um dos setores impactados durante a recente quarentena são os sites de jogos de azar e apostas esportivas. A procura por plataformas de jogo on-line, para ganhar dinheiro de verdade, aumentou significativamente. Em New Jersey, por exemplo, quase US$ 94 bilhões de dólares foram movimentados. Na A Pennsylvania, cassinos on-line e salas de pôquer geraram recorde de US$ 59,8 milhões de dólares, até dezembro.

Mas o setor de apostas e jogos de azar on-line não foi o único beneficiado. Toda uma cadeia destinada às mais diversas formas de entretenimento foi impactada positivamente. Plataformas de streaming de filmes e música, sites de livros, entre outras maneiras de se distrair. Todas as empresas que conseguiram se adequar aos novos tempos e oferecer produtos, via internet, estão conseguindo fugir da crise econômica.

Uma pesquisa recente, realizada com mais de 3 mil norte-americanos, mostra que o acesso à Internet aumentou — entre 50% e 70% — durante os primeiros meses da pandemia. E cerca de 80% das pessoas com 35 anos ou menos estão assistindo a mais conteúdo de streaming do que antes da pandemia de março.

“Eu diria que assisto muito mais filmes”, disse Thomas Small, 17, de East Haven. “Eu me torno quase indulgente. Eu meio que me tornei viciado em entretenimento agora, pois é fácil e direto. Eu nunca fui antes. Desde o coronavírus, não tenho conseguido fazer muita coisa, então a única coisa que faço é assistir Netflix, YouTube, HBO, jogar videogame e cozinhar”, disse o jovem ao site Connecticut Health Team. A indústria do cinema, talvez, foi a que mais precisou se reinventar ao longo da pandemia. Com as salas fechadas, lançamentos de grandes produções foram sucessivamente adiados. Sem uma perspectiva de futuro, o jeito foi adaptar tudo para o streaming e trabalhar em plataformas como Netflix, Amazon e Disney.

Nesse ínterim, grandes títulos futuros como Dune, Black Widow, No Time To Die, Godzilla vs. Kong, Eternals foram lançados, apenas, na internet. Outros, como The Batman, Avatar e Doutor Estranho no Multiverso foram adiados para 2022, quando há expectativa de melhora, a partir da vacinação que começa a avançar em alguns países do mundo.

Mas, isso não é tudo. Junto com a indústria cinematográfica, a indústria do livro também está sendo fortemente afetada pela disseminação do coronavírus. Enquanto algumas livrarias independentes, menores, também estão lutando para sobreviver, as empresas maiores e com oferta de livros digitais têm conseguido a manutenção de suas receitas.

Especialistas em entretenimento dizem que a pandemia está mudando a forma como a arte é criada e distribuída. Mas o que isso vai parecer no futuro é difícil de avaliar, neste momento. Enquanto isso, os especialistas se perguntam se a maneira como os consumidores, agora, consomem entretenimento, será permanente. Ou os consumidores retornarão aos cinemas e livrarias no futuro? Ninguém sabe.