100 anos de Piazzolla: 10 clássicos fundamentais do mito argentino

Há exatos 100 anos, no dia 11 de março de 2021, nascia Astor Piazzolla, bandoneonista e compositor argentino, conhecido mundialmente por revolucionar o tango. Nascido em Mar del Plata, aos 8 anos ele ganhou o primeiro bandoneón, instrumento musical de palhetas livres semelhante a uma sanfona. Na adolescência Piazzolla conheceu Carlos Gardel, o cantor de tango mais famoso da história. Gardel convidou Piazzolla para tocar em sua turnê, em 1935, mas a família do bandoneonista não permitiu, já que ele era menor de idade. A recusa salvou a vida de Piazzolla, pois durante a turnê Gardel e os membros de sua banda morreram em um acidente aéreo.

Em 1937, Piazzolla se mudou para Buenos Aires, onde começou a trilhar seu próprio caminho na música. A inovação de Piazzolla foi inserir no tango elementos do jazz e da música erudita, outra de suas grandes paixões. Na década de 1950, inclusive, ele se tornou pianista e conseguiu uma bolsa para estudar música clássica na França.
Foi com a compositora francesa Nadia Boulanger, professora de Piazzolla, que ele descobriu que poderia escrever suas próprias canções. Com suas composições, Piazzolla criou a “música contemporânea de Buenos Aires”. Realizou trabalhos em diferentes países, incluindo o Brasil, e se tornou uma das maiores referências do tango no mundo.

Continuou em atividade até 1990, quando sofreu uma hemorragia cerebral e ficou em coma. Ele morreu em 1992, em Buenos Aires. Piazzolla deixou mais de três mil composições, sendo 500 delas gravadas. Em homenagem ao centenário do bandoneonista, a Bula reuniu em uma playlist dez de suas principais canções.

A seleção está disponível no Spotify. Para ouvi-la, é necessário possuir cadastro no aplicativo e realizar login. Há opção de assinatura gratuita.