A vida imita a arte ou vice-versa? O cinema parece mostrar histórias incríveis — e até pouco críveis. A imaginação e a criatividade correm soltas, e a fantasia parece tomar conta das telas. Mas será que tudo o que vemos é realmente tão fictício assim? Não, não é. Na verdade, há muitas histórias mirabolantes que poderíamos jurar terem sido inspiradas pelos livros mais cheios de fantasia. E adivinha? Não são. Sim, a vida às vezes não é nada entediante. Apesar da rotina, do trabalho, das cerimônias, das provas, dos boletos, há situações extraordinárias acontecendo a todo momento, em qualquer lugar. Na verdade, elas acontecem o tempo todo — só estamos entorpecidos demais para ver o quanto ela pode ser incrível ou terrível.
Um projeto para amedrontar Hitler e que muda para sempre os rumos do mundo. Um pai treinando suas filhas para jogarem tênis. Outro pai, desempregado e sem um tostão no bolso, tentando sustentar o filho. Um jovem vendedor talentoso que se torna um dos maiores criminosos financeiros da história da bolsa de valores. Nessa lista, a Revista Bula selecionou algumas histórias de cair o queixo — que nem parecem realidade, mas são. Não adianta fugir para as montanhas: aqui, a verdade é um tapa na cara e um soco no estômago.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo de cientistas é recrutado para integrar o Projeto Manhattan, a missão ultrassecreta dos Estados Unidos para desenvolver a primeira bomba atômica. No centro da equipe está J. Robert Oppenheimer, um físico brilhante e idealista, cuja genialidade é fundamental para os avanços do projeto. À medida que os testes avançam no deserto do Novo México, ele se vê dividido entre o fascínio pelo poder da ciência e o peso moral da destruição em massa que está prestes a desencadear. Após o lançamento das bombas sobre Hiroshima e Nagasaki, Oppenheimer passa a ser visto como herói nacional, mas também enfrenta uma série de julgamentos éticos, políticos e pessoais. Em meio a investigações governamentais e ao cerco da Guerra Fria, a figura do cientista se transforma no símbolo trágico do homem que criou a arma capaz de destruir o mundo.

Em Compton, um bairro periférico de Los Angeles, um pai determinado traça um plano meticuloso para transformar suas duas filhas em lendas do tênis mundial. Richard Williams, com pouca experiência esportiva formal, mas uma visão inabalável do futuro, enfrenta preconceitos raciais, econômicos e céticos ao levar Venus e Serena às quadras públicas da cidade. Ele acredita que, com disciplina e amor, as garotas podem romper todas as barreiras sociais. Mesmo diante da resistência de treinadores e instituições, a família Williams persevera, desafiando o sistema elitista do tênis profissional. Entre treinos rigorosos, competições acirradas e decisões difíceis, as irmãs descobrem seu próprio talento enquanto Richard confronta seus próprios limites como pai e mentor. A história mostra a construção de duas das maiores atletas da história do esporte, partindo de um lar simples e guiadas por uma fé inabalável.

Nos anos 1980, um jovem ambicioso ingressa no mercado financeiro e rapidamente descobre os caminhos escusos que levam ao topo. Trabalhando em uma corretora de ações, ele aprende a manipular investidores e logo abre sua própria empresa, onde a fraude, a ganância e o hedonismo se tornam práticas diárias. À frente de uma equipe tão imoral quanto eficiente, ele acumula fortunas com ações de baixo valor, enganando clientes e celebrando cada vitória com festas luxuosas, drogas e excessos de todo tipo. À medida que sua reputação cresce, também cresce a atenção das autoridades, especialmente do FBI, que passa a investigar sua operação. Entre fraudes milionárias, lavagem de dinheiro e tentativas de escapar da prisão, ele vê seu império ruir, mas não perde a habilidade de transformar seu magnetismo pessoal em fonte de poder. Uma ascensão meteórica seguida por uma queda tão ruidosa quanto previsível.

Um vendedor de equipamentos médicos enfrenta uma dura realidade financeira enquanto tenta cuidar sozinho do filho pequeno após o abandono da esposa. Sem conseguir fechar negócios e com dívidas acumuladas, ele e o menino acabam despejados de casa e passam a dormir em abrigos públicos, banheiros e estações de metrô. Mesmo na miséria, o pai insiste em participar de um programa de estágio não remunerado em uma corretora de ações, apostando todas as suas fichas na possibilidade de conquistar uma vaga fixa ao final do processo. Em meio a filas, humilhações e noites mal dormidas, ele tenta manter a dignidade e o otimismo para não abalar emocionalmente o filho. A trajetória de superação é marcada por pequenos gestos de afeto e grandes renúncias, enquanto a busca por estabilidade se transforma também numa busca por sentido, perseverança e fé na própria capacidade.