O filme premiado e inteligente da Netflix que escapou do seu radar
O encontro de duas realidades, antagônicas, mas que se unem e formam um só todo, fortalece duas jovens que acendem para a vida, cada uma a seu modo. Enquanto uma se bronzeia seminua, estirada diante do mar da costa oeste França, a outra assiste àquilo entre atônita e fascinada, sem conseguir não pensar sobre seu próprio futuro, mas também sem ter ideia muito nítida quanto ao que fazer de todo o tempo que ainda lhe resta. “A Prima Sofia” (2019), de Rebecca Zlotowski, fala a essa imagem do sensual e do estritamente filosófico; é físico, mas também cerebral — e um e outro desses predicados toma forma sob a figura de uma jovem e bela mulher.