Livros

Você sabe quantos livros foram impressos no Brasil no último ano?

Você sabe quantos livros foram impressos no Brasil no último ano?

Em meio a um cenário de incertezas econômicas e overdose digital, os livros impressos desafiaram previsões e voltaram a ocupar um espaço central na vida cultural brasileira. Em 2024, foram vendidos 360 milhões de exemplares — um salto de 10,1% em relação ao ano anterior. Mais que um dado de mercado, o número revela uma silenciosa, mas consistente, reaproximação do país com o objeto físico da leitura. Acompanhe nesta reportagem o que explica esse fenômeno e o que ele nos conta sobre quem somos — e o que ainda queremos ler.

4 livros para quem anda cansado de gente, mas ainda gosta de personagens

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Crescer é uma dessas armadilhas que a vida nos prega com um sorriso no rosto e uma conta para pagar no final do mês. Prometem liberdade, mas entregam boletos; falam em maturidade, mas cobram resiliência emocional sem manual de instruções. A infância, com seus medos bobos e alegrias simples, dá lugar a uma existência onde cada escolha carrega o peso de mil consequências. E, no meio desse turbilhão, a literatura surge como um farol, iluminando as contradições e ironias de uma vida adulta que, muitas vezes, parece uma pegadinha de mau gosto.

5 gêneros literários que mais cresceram em faturamento no Brasil

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O mercado editorial brasileiro parecia estar apenas sobrevivendo. Mas em 2024, algo — discreto, inesperado — começou a pulsar nas margens. Livros infantis, religiosos, ficção adulta, títulos didáticos e obras de não ficção reagiram com força, puxados por escolas, igrejas e redes sociais. Não foi o centro que se moveu, mas as periferias do hábito. Os leitores voltaram — ou talvez nunca tenham ido embora. O que mudou foi o silêncio em volta deles. Agora, há mais escuta. E talvez por isso a leitura esteja, enfim, reaparecendo com outro nome.

A maioria dos autores brasileiros contemporâneos escreve para agradar editora, não para dizer algo

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A literatura talvez seja a manifestação artística que mais revela-nos os mistérios de nossa humana e miserável natureza. No entanto, parece que certos escritores resolveram ignorar essa função vital de seu ofício e seu potencial revolucionário para apenas corresponder às exigências do mercado editorial e fazer dinheiro. Uma cosmiatria literária toma o lugar de livros autênticos, relevantes, incômodos, num país de poucos e maus leitores. Não é “a” explicação para o problema exposto neste artigo, mas é, sim, uma explicação bastante plausível.

5 livros que foram queimados publicamente — e os motivos por trás disso

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Queimar um livro não é apenas eliminar páginas — é tentar apagar uma voz, reescrever a memória, domesticar o pensamento. Em diferentes épocas e regimes, governos, religiões e ideologias se reuniram em torno do fogo com a pretensão de silenciar o que não podiam dominar. Mas os livros, por sorte ou ironia, quase sempre sobrevivem melhor que seus algozes. Neste conjunto, cinco obras incendiadas em público revelam, cada uma à sua maneira, o poder incômodo da palavra e a fragilidade de quem tenta contê-la.