Livros

O Retrato de Dorian Gray, da ficção ao tribunal

O Retrato de Dorian Gray, da ficção ao tribunal

É um movimento quase orgânico. Quando ficções literárias se popularizam, ultrapassam as fronteiras de lombadas e bibliotecas. Espraiam-se por telas de televisão e cinema, palcos de teatros e cultura pop. Somente na literatura clássica gótica, posso citar “Drácula”, “Frankenstein” e “O Médico e o Monstro”.

Kamikaze, quando a lenda é maior que a história 

Kamikaze, quando a lenda é maior que a história 

Biografias fazem parte de um gênero bem específico que busca contar a vida de uma pessoa e quanto mais importante ou mais extraordinária tenha sido a existência do biografado, melhor o livro tende a ser. E como poderia deixar de ser interessante a vida de um piloto kamikaze? Sim, aqueles samurais modernos, que deliberadamente jogavam seus aviões sobre os navios aliados ao final da Segunda Guerra.

Thomas Bernhard mostra como sentir vergonha do próprio país

Thomas Bernhard mostra como sentir vergonha do próprio país

A obra de Bernhard é um acerto de contas com o seu país que teve a mancha histórica de ser anexado pela Alemanha nazista. Seu último romance (“Extinção”) e a peça teatral “Praça de Heróis”, por exemplo, fazem questão de brigar com o esquecimento que a Áustria tenta impor a respeito daquele período, digamos, vergonhoso de sua História.

Camus segundo Enrique Vila-Matas

Camus segundo Enrique Vila-Matas

Enrique Vila-Matas é um premiado escritor Espanhol, nascido em 1948 em Barcelona. Ele viveu autoexilado em Paris onde amadureceu sua prosa e é um dos mais cultuados escritores contemporâneos. Herdeiro da literatura Borgiana, apresenta em seu trabalho forte presença de intertextualidade e metalinguagem. Sua ficção é um misto complexo de histórias puramente inventadas com constantes citações de obras literárias, artes em geral, música (compositores e intérpretes), grandes cânones.

Por que a literatura brasileira, fora do Brasil, ficou restrita a Jorge Amado e Paulo Coelho

Por que a literatura brasileira, fora do Brasil, ficou restrita a Jorge Amado e Paulo Coelho

Apesar das traduções exitosas, costuma-se dizer que a repercussão da literatura brasileira no exterior permanece tímida. É coisa que uma política eficiente de divulgação resolveria? Ou em maior grau depende, também, de agenciamento e interesse jornalístico e editorial? Tudo isso, provavelmente. Mas, satisfeitas as condições externas, estaríamos aptos a satisfazer também as condições internas, isto é: a ficção brasileira é realmente um produto artístico de qualidades intrínsecas.