Livros

4 romances insólitos, brilhantes e hilários de Juan Pablo Villalobos que valem cada milésimo de segundo do seu tempo

4 romances insólitos, brilhantes e hilários de Juan Pablo Villalobos que valem cada milésimo de segundo do seu tempo

Entre a sátira e o absurdo, há uma literatura que não pede licença para entrar. Ela invade, desestabiliza e, no fim, nos faz rir do que talvez devêssemos temer. Juan Pablo Villalobos escreve assim, como quem aponta o dedo para o ridículo, mas com elegância. Como quem entende que o riso, às vezes, é uma forma de resistência. Seus romances não entregam conforto. Entregam espanto. Com leveza de linguagem e acidez de olhar, ele revela o que há de mais sério no que parece apenas engraçado.

O que dá medo não é o abandono, é a véspera

O que dá medo não é o abandono, é a véspera

Carla Madeira não escreve para consolar. Sua literatura não oferece redenção fácil nem explicações didáticas. “Véspera” começa com uma cena brutal — uma mãe abandona o filho na calçada —, mas o que importa não é o gesto, e sim o silêncio que o antecede. É nesse intervalo, incômodo e irreparável, que o romance mergulha. Com escrita contida, dolorosamente precisa, a autora explora as rachaduras familiares, as heranças invisíveis e os afetos malformados. Um livro necessário, não por responder, mas por iluminar o que geralmente fingimos não ver.

5 livros que só fazem sentido depois de duas garrafas de vinho e uma crise existencial

5 livros que só fazem sentido depois de duas garrafas de vinho e uma crise existencial

Nem toda leitura é para os dias de sol e juízo. Há livros que não se entregam ao leitor intacto, que exigem certa desordem, um desencaixe suave entre o que se pensa e o que se sente. São obras que não se abrem com pressa, nem com lucidez absoluta. Precisam de vinho, de um coração desarrumado, de uma noite sem rumo. E mesmo assim, não dizem nada claramente. São enigmas afetivos. Permanecem em silêncio até que o leitor vacile, escorregue, amoleça. E só então revelam sua fúria serena.

10 livros fundamentais da literatura russa, romena, húngara e tcheca — mas pouco conhecidos no Brasil

10 livros fundamentais da literatura russa, romena, húngara e tcheca — mas pouco conhecidos no Brasil

Há uma Rússia subterrânea que não se revela nos manuais. Entre revoluções e silêncios, surgem obras que escapam aos clichês do realismo grandioso e dos nomes canonizados. São livros que falam baixo, mas não menos fundo. Narrativas que desafiam o tempo, os regimes e o olhar estrangeiro. Abaixo da superfície de Dostoiévski e Tolstói, há um território de contos oblíquos, distopias suaves, sátiras letais e fabulações íntimas. Obras que moldaram o espírito russo contemporâneo e ainda esperam, pacientemente, para serem lidas com olhos novos.

7 livros para ler em um dia e pensar pelo resto da vida

7 livros para ler em um dia e pensar pelo resto da vida

Alguns livros não precisam ser longos para durar. Breves, densos, afiados na palavra certa, na imagem perfeita, permanecem latentes na memória, tecendo camadas de sentido que só o tempo, talvez, consiga revelar plenamente. São histórias que desvendam uma verdade maior sobre a vida e sobre nós, que nos deixam inquietos, pensativos, como quem repete um verso perfeito, sem nunca alcançar seu sentido definitivo. Escolhidos por sua capacidade de transformar um dia em algo duradouro, estes são livros que vivem além de suas páginas.