Livros

A vida até parece uma festa em Dorothy Parker

A vida até parece uma festa em Dorothy Parker

A espirituosidade de Dorothy Parker reside, muitas vezes, na observação da decadência com um toque de gentileza que evite, para todos os efeitos, a degradação em seu estado bruto. E, no entanto, suas histórias curtas, com poucos participantes, em cenários opacos, são como esquetes ligeiros que seriam absorvidos por encenações no rádio ou na TV. Ela teria sido uma excelente roteirista de sitcom, não tivesse enveredados pelos roteiros de Hollywood.

O Guarda do Pomar: a obra-prima desconhecida de Cormac McCarthy

O Guarda do Pomar: a obra-prima desconhecida de Cormac McCarthy

Em 1965, aos 32 anos, quando Cormac McCarthy publicou seu primeiro livro, ele já havia se casado duas vezes, servido na Força Aérea e trabalhado como mecânico em Chicago. Ele enviou os manuscritos a Albert Erskine, o lendário editor de William Faulkner, que era, na época, um dos principais nomes da Random House. A influência de Erskine na carreira de McCarthy foi tão significativa que, duas décadas depois, ele foi imortalizado com uma dedicatória em “Meridiano de Sangue”, a obra-prima de McCarthy.

Kerouac: perspectiva sobre a Literatura Beat com Visões de Cody

Kerouac: perspectiva sobre a Literatura Beat com Visões de Cody

Ao mergulhar nas páginas de “Visões de Cody” de Jack Kerouac, encontrei-me em uma São Paulo vibrante e multifacetada, que transformou minha compreensão da literatura beat. Nesta metrópole pulsante, as palavras de Kerouac ecoaram com uma ressonância nova e intensa, revelando camadas de significado anteriormente ocultas. A cidade, com sua diversidade e energia caótica, tornou-se o cenário perfeito para explorar a prosa espontânea e as jornadas existenciais descritas pelo autor. A experiência de ler Kerouac em São Paulo foi uma revelação, iluminando a verdadeira essência do movimento beat e o gênio literário por trás dele.

Marcelo Mirisola dá bicudas em crianças e no politicamente correto em seu novo livro: Espeto Corrido

Marcelo Mirisola dá bicudas em crianças e no politicamente correto em seu novo livro: Espeto Corrido

Meninas e meninos, preparem-se para uma leitura repleta de humor ácido e crítica social. Espeto Corrido, do escritor ítalo-brasileiro Marcelo Mirisola, é um livro que desafia a conformidade da literatura brasileira contemporânea, abordando temas polêmicos com coragem e irreverência. Mirisola não poupa ninguém em suas observações mordazes sobre o zeitgeist moderno, desde o Tinder até o carro elétrico. Em um estilo que mistura autoficção e narrativa contundente, ele expõe as contradições e hipocrisias da sociedade com uma escrita vigorosa e sem concessões.

Guerra civil — o contraponto feminino à brutalidade da guerra Divulgação / A24

Guerra civil — o contraponto feminino à brutalidade da guerra

“Guerra Civil” apresenta uma narrativa que, à princípio, é um clichê. Seria mais um filme sobre a jornada de uma anti-herói mais velha e niilista que, ao reencontrar uma jovem, pode restaurar sua crença na vida e na humanidade. Um enredo de fórmula comum e que perpassa “Guerra Civil”, mas seria uma injustiça reduzir o filme a isso, pois, apesar da fórmula, a questão do feminino grita em meio à caracterização da brutalidade masculina sob o cenário da guerra.