É necessário se aguardar mais de cem minutos para que “Padrinhos LTDA” chegue ao fim e só aí aflore a conclusão um tanto óbvia, que casa, se me permitem o calemburgo, com o niilismo bem-humorado do Bruxo do Cosme Velho, que sucumbiu ao casamento, mas guardou a prudência que o caracteriza e não transmitiu a ninguém o legado de nossa miséria.
De tempos em tempos, o mundo é sacudido por momentos em que todo o caos da vida desaba sobre o homem de um só golpe. A crise provocada pela Grande Depressão, espiral de infortúnios na economia e na política do Ocidente quando da quebra da Bolsa de Nova York, na quinta-feira de 24 de outubro de 1929, desencadeou os eventos sobre os quais o mexicano Alejandro Springall se debruça em “Sonora”.
Dois Texas Rangers aposentados e com idade na faixa dos 60 anos são convocados para perseguir e matar um famoso casal de assaltantes de bancos e assassinos de policiais. O cenário é a crise social e econômica dos anos 1930, quando Bonnie e Clyde estavam no auge da popularidade, paparicados pela imprensa que apresenta a dupla como reinvenção de Robin Hood que roubava dos ricos para dar aos pobres.
Uma comédia neozelandesa que vai te fazer esquecer dos problemas e das preocupações por alguns instantes, “Até que a Gente te Separe”, de Madeleine Sami e Jackie van Beek gira em torno de duas amigas, Mel e Jen, que abrem uma empresa que oferece o serviço de terminar relacionamentos para pessoas que não têm coragem de fazê-lo. Com uma série bem maluca de esquetes que exploram situações absurdas, o filme busca o riso fácil e a despretensão intelectual.
“O Fotógrafo de Mauthausen” é um dentre os tantos exemplos de filmes em que tipos capazes de desafiar o estabelecido; de passar por cima dos próprios medos e fazer o certo, o justo; de ir muito além do que deles esperam os outros e avivar dentro em si a alma do revolucionário possível, malgrado tudo ao redor sucumba ao ódio, ao pânico, à loucura, à hediondez.
