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Nesta seleção, a Revista Bula reúne quatro filmes magníficos disponíveis na Netflix que, por uma razão ou outra, você provavelmente não assistiu. Da luta pela sobrevivência em um ambiente hostil ao drama emocionante de personagens históricos, esses filmes trazem narrativas envolventes, atuações estelares e direção impecável, merecendo uma chance de serem descobertos e apreciados. Prepare a pipoca e reserve um momento do seu dia para se perder nessas histórias extraordinárias que, certamente, irão desafiar suas emoções e expandir seus horizontes cinematográficos.

A narrativa do mundo raramente persistiu em ecoar a vida de um indivíduo ordinário da maneira como a história de Anne Frank ressoou. Nascida em 1929 e tragicamente desaparecida em 1945, Anne se imortalizou não apenas como símbolo da opressão judaica, mas como um emblema de resistência humana. Sua juventude foi abruptamente interrompida, e a incerteza sobre a data exata de sua partida — debatida entre fevereiro e março de 1945 — apenas intensifica o mistério e a melancolia que envolvem sua figura.

Embarcando em um oásis cinematográfico, “Cidade Perdida” marca sua estreia na Netflix, oferecendo ao público um refúgio prazeroso das adversidades cotidianas. Com Brad Pitt e Sandra Bullock no comando, o filme resgata a essência da aventura clássica “Tudo por uma Esmeralda”, de Robert Zemeckis, porém com uma interpretação rejuvenescida.

“Django Livre” destila a tenacidade e determinação com a qual Quentin Tarantino constrói seus filmes. Há uma linha tênue entre o sucesso retumbante e o esquecimento momentâneo; Quentin não só conhece essa linha, mas também faz questão de desafiá-la a cada trabalho. Seus lançamentos anteriores, como o icônico “Cães de Aluguel” (1992), já sinalizavam um desejo profundo de remodelar a cena cinematográfica. Tarantino anseia por desconstruir e reconstruir as narrativas, de maneira que seu trabalho se torna inconfundivelmente seu.

Toda a história da personagem-título de “Blanquita” tem relação com aspectos particularmente duros de sua vida, e a partir dessa evidência, passa a entender o contexto em que está inserida na sua sociedade que a despreza. Guzzoni investiga aspectos muito específicos da luta das mulheres por igualdade na América Latina, sobretudo em seu país, ainda hoje um desaguadouro dos lamentos de uma terra encantada que não deu certo.