Amazon Prime Video

Terror com Russell Crowe mistura sagrado e profano e te leva ao limite do medo, no Prime Video Divulgação / Sony Pictures

Terror com Russell Crowe mistura sagrado e profano e te leva ao limite do medo, no Prime Video

“O Exorcista do Papa” é um terror clichê que encontra um espaço insólito entre o convencional e o insubordinado. A premissa — aparentemente mais uma incursão entre latins guturais e corpos contorcidos — carrega o que se esperaria de qualquer derivado do gênero: possessão, fé em crise, obscurantismo católico e a eterna dança entre o sagrado e o profano.

O melhor filme de Al Pacino é Robert DeNiro depois de “O Poderoso Chefão”, no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

O melhor filme de Al Pacino é Robert DeNiro depois de “O Poderoso Chefão”, no Prime Video

A cidade que nunca dorme é, por instantes, engolida por um silêncio que diz mais que o estrondo de tiros. Em “Fogo Contra Fogo”, Michael Mann transforma Los Angeles num organismo exausto, onde as luzes noturnas não iluminam, denunciam. Entre esse brilho saturado e as sombras onde o crime se esgueira, o diretor compõe uma partitura de ruídos e vazios que não apenas marcam o tempo da ação, mas desnudam a alma dos que nela se perdem.

A melhor comédia romântica que você vai ver esta semana Divulgação / Vertical Entertainment

A melhor comédia romântica que você vai ver esta semana

Num dado momento da vida, começa-se a notar evidências cada vez mais inequívocas de que o amor é mesmo um acidente de percurso na solidão invencível de todos nós, mas a cada cena, “Jogo do Amor — Ódio” parece querer deixar claro que é uma comédia romântica como todas as outras. E tanto pior quando dirigida por alguém que conhece do riscado. Peter Hutchings tem bastante experiência nessas narrativas; entretanto, a impressão que teima em resistir é que apenas copia e cola o que ele mesmo já fez, sem nenhuma tola preocupação artística.

Delicado e poético, romance francês no Prime Video parece saído de uma pintura de Monet Divulgação / Gaumont

Delicado e poético, romance francês no Prime Video parece saído de uma pintura de Monet

“O Sabor da Vida” não se organiza em torno de reviravoltas ou clímax previsíveis, mas sim como um lento ritual de intimidade, em que o afeto se expressa com a mesma dedicação com que se tempera um molho ou se escolhe o ponto exato de uma carne. O diretor Anh Hung Tran não propõe uma história no sentido habitual do termo: ele convida o espectador a habitar um espaço onde o tempo se estica, a palavra cede lugar ao gesto e o amor se traduz pela repetição meticulosa de ações que, para olhos distraídos, talvez pareçam triviais. Nada é banal aqui. Tudo é escolha, ritmo, entrega.

170 milhões de pessoas nos cinemas e bilheteria de 4 bilhões: se você nunca gostou de filmes de herói, essa pode ser sua única chance, no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

170 milhões de pessoas nos cinemas e bilheteria de 4 bilhões: se você nunca gostou de filmes de herói, essa pode ser sua única chance, no Prime Video

Não há nada de heróico no olhar de Bruce Wayne. Na versão concebida por Matt Reeves, os olhos do protagonista não salvam, não inspiram, tampouco pedem redenção. Eles vigiam. O mundo, nesta Gotham apodrecida, não precisa de salvação, mas de uma espécie de purgação — e é nesse território ambíguo entre punição e justiça que “Batman” se instala. Ao contrário da euforia pirotécnica que costuma ditar o compasso dos filmes de super-herói, a obra opta por desacelerar e submergir em um terreno mais denso: a investigação, o lodo urbano, os códigos morais que colapsam silenciosamente.