“Alice: Subservience” provoca uma reflexão sobre a interação entre humanos e inteligência artificial, explorando os riscos de confiar em uma perfeição sintética. Em meio às sutilezas de um drama familiar e a sedução de um thriller futurista, o longa de S.K. Dale se desenrola como um aviso inquietante sobre os limites técnicos e morais que, vez ou outra, decidimos ignorar.
“O Amante da Rainha”, dirigido por Nikolaj Arcel, mergulha na Dinamarca do século 18, onde o Iluminismo luta para emergir em uma sociedade oprimida. Entre política, romance e insanidade real, o filme tece a história da jovem rainha Caroline Matilde, aprisionada em um casamento sombrio com o rei Cristiano VII e envolta em uma paixão proibida com o iluminado médico Struensee. Uma revolução silenciosa que ecoa até hoje.
O zumbido de moscas pretas demora a aparecer em “Cidade de Asfalto”, mas uma vez que se instala, ninguém deixa de o associar à penosa vida de um jovem socorrista do Colorado que aceita esse emprego enquanto não consegue aprovação no vestibular de medicina. Jean-Stephane Sauvaire, um arguto observador da feiura da vida, realça em seu filme tudo quanto soaria apelativo em qualquer outro enredo, mesmo naqueles assumidamente escatológicos, convencendo o público da necessidade do choque.
Um amor interrompido abruptamente. Uma despedida não concluída. Em “O Amor Mandou Mensagem”, o luto se entrelaça à tecnologia em uma história onde o destino dá novas oportunidades através de uma simples mensagem de texto. James C. Strouse conduz uma trama onde romance, perda e esperança coexistem, explorando conexões inesperadas em um mundo digitalizado.
O que poderia querer uma garota de catorze anos que desperta uma estranha paixão na maior celebridade de sua época, passa a morar num palacete suntuoso e não tarda a estar ela também sob a mira de paparazzi do mundo inteiro? “Priscilla” tem uma gota de lágrima e um travo na garganta a cada cena, e Sofia Coppola, bastante hábil nisso, mantém tudo muito bem guardado. Priscilla Beaulieu é, a exemplo de quase todas as protagonistas de Coppola, uma mulher vítima de seu tempo e de si mesma, mas contraditoriamente livre para sair de sua gaiola de ouro a hora que quisesse — o que demorou a fazer, como se aceitasse as zangas do destino.
