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Os 4 livros que Raduan Nassar nunca deixou de reler — mesmo depois do silêncio Paulo Pinto / Divulgação

Os 4 livros que Raduan Nassar nunca deixou de reler — mesmo depois do silêncio

Poucos escritores se retiraram com tanto rigor. E poucos leram com tanta entrega. Raduan Nassar, autor de dois romances e um gesto definitivo de reclusão, leu como quem procurava ferida, não consolo. Os livros que o formaram não são apenas influências, são rastros. Ele não citava muitos. Mas os que citava, voltava a eles. Sempre. Entre ensaios, epopéias líricas e narrativas secas como faca, há uma coerência austera e feroz. Um mapa de leituras que diz mais sobre ele do que qualquer entrevista jamais diria.

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Clarice Lispector nunca organizou uma lista oficial de livros preferidos, mas em entrevistas e conversas privadas mencionou obras às quais voltava com frequência quase obsessiva. Não eram títulos que decoravam estantes, mas que a provocavam. Livros que permaneciam vivos, indomados, desorganizando o que parecia seguro. Ela os relia por necessidade e por impulso, como quem procura um gesto que ainda não foi entendido. Se não há um cânone clariciano formal, há, no mínimo, um conjunto de vozes que a acompanhava — às vezes em silêncio, às vezes em confronto.

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Em 2025, os livros de colorir ocupam prateleiras de produtos sérios. São vendidos como autocuidado, como forma de presença, como remédio para ansiedade. Estão ao lado de velas aromáticas e diários de gratidão. Tornaram-se parte de um vocabulário emocional padronizado, em que relaxar significa manter-se produtivo de uma forma silenciosa e, de preferência, fotogênica. Colorir virou uma prática legitimada. Mas também uma prática sintomática.

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Nesta seleção, Stephen King revela um repertório literário surpreendente, marcado menos pelo medo explícito e mais pela corrosão silenciosa. Ausentes os nomes clássicos do terror, o autor opta por narrativas em que a inquietação emerge das falhas morais, das instituições decadentes e da linguagem em colapso. O horror aqui não se impõe — infiltra-se. São obras que desconstroem o consolo narrativo e instauram uma tensão duradoura, desconfortável, ética. O resultado não é uma lista de predileções arbitrárias, mas um gesto de leitura comprometido com o incômodo. Nenhuma dessas histórias oferece alívio. Todas sustentam a permanência do abismo.

10 romances escritos por mulheres que redefiniram a literatura moderna

10 romances escritos por mulheres que redefiniram a literatura moderna

Ao longo do século 20 e no início do 21, a literatura foi marcada por uma revolução silenciosa. O corolário desta pequena grande revolução foi o despontar de talentos vigorosos, que desafiam as formas, assuntos e, o principal, os limites impostos pela tradição literária, dominada por homens brancos e ocidentais. Virginia Woolf (1882-1941), Clarice Lispector (1920-1977) e Carolina Maria de Jesus (1914-1977) integram a seleção abaixo, junto com outras sete escritoras que promoveram uma metamorfose na arte literária nos últimos cem anos. Seu legado há de permanecer.