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Uma jovem enigmática, aparentemente inofensiva, é descoberta por um olheiro de uma prestigiada agência de modelos e lançada ao glamoroso, porém implacável, mundo da moda parisiense. No entanto, por trás de sua beleza está uma assassina treinada pela KGB, pronta para executar missões perigosas. Entre flashbacks que revelam um passado repleto de abusos e escolhas amargas, ela percorre um caminho de traições e alianças incertas, onde sua verdadeira natureza ameaça destruir tudo ao seu redor.

“Rebel Ridge” não faz nenhuma questão de ser sutil, e essa é uma grande qualidade do novo filme de Jeremy Saulnier. A premissa aparentemente banal de Saulnier, sobre um homem negro submetido a uma atuação injusta e humilhante da polícia, recebe uma generosa camada de originalidade conforme o diretor-roteirista explica quem é esse homem algo misterioso, um ex-fuzileiro naval que traz na pele a lembrança da frente de batalha no Iraque, pacato, metódico, mas nada inclinado a suportar o opróbrio daqueles que teriam por obrigação defendê-lo. Aos poucos, fica claro que este não é um filme convencional.

“Aftersun”, dirigido por Charlotte Wells, é uma tocante exploração das lembranças de uma filha sobre as últimas férias com seu pai. Estrelado por Paul Mescal, indicado ao Oscar, o filme captura a complexa relação entre Calum, um jovem pai, e Sophie, sua filha de 11 anos. Ambientado no litoral da Turquia, a história revela, com sensibilidade, as tensões emocionais e as distâncias invisíveis que moldam a conexão entre eles.

“Perdidos en la Noche”, de Amat Escalante, mergulha nas profundezas das questões sociais do México contemporâneo, expondo as feridas causadas pelo narcotráfico, a exploração trabalhista e o poder das milícias. O filme acompanha a busca desesperada de Emiliano por respostas sobre o desaparecimento de sua mãe, enquanto denuncia a violência silenciosa que permeia as periferias e critica a indiferença das elites diante da crescente miséria.

“Blade Runner 2049”, sequência do icônico filme de Ridley Scott, retoma o universo distópico em um futuro onde humanos e replicantes coexistem em uma sociedade complexa e decadente. Sob a direção de Denis Villeneuve, o longa mergulha em questões filosóficas profundas sobre identidade, humanidade e o significado da existência, mantendo a estética visual impressionante e a narrativa envolvente que consagrou a obra original.