Filmes

Esqueça qualquer necessidade de confrontação lógica se quiser aproveitar “Missão: Impossível”, o primeiro dos sete filmes baseados na série homônima criada por Bruce Geller (1930-1978) e exibida pela CBS entre 1966 e 1973, e contando. Como isto aqui é Brian De Palma, as entrelinhas importam muito mais que a história em si, o que não deixa de ser uma decisão acertada. Só mesmo ele e suas longas cenas de ação sem palavras, em três lances bem específicos, para sintetizar a aura de questionável liberdade de um espião sempre à beira do precipício, literal e metaforicamente, selo de qualidade que, felizmente, perdurou.

Em “Vingança e Castigo”, Jeymes Samuel apresenta um faroeste audacioso e estilizado, onde a busca por justiça conduz Nat Love (Jonathan Majors) por uma trilha de vingança, moldada tanto por traumas passados quanto pelo desejo de resgatar a própria dignidade. A trama gira em torno do acerto de contas com Rufus Buck (Idris Elba), o cruel assassino de seus pais, em um enredo que explora os limites entre herói e vilão, emoldurado por um elenco majoritariamente negro que confere uma perspectiva renovada ao gênero.

Em “Atlas”, uma cientista brilhante e ambiciosa se envolve em um projeto arriscado ao desenvolver uma inteligência artificial que pode redefinir os limites da vida humana no cosmos. Em meio a dilemas éticos e avanços tecnológicos, ela cria robôs com capacidades emocionais e intelectuais que desafiam seu próprio criador. Jennifer Lopez interpreta uma protagonista dividida entre a busca pela inovação e o peso das consequências, numa trama que explora os perigos da inteligência artificial e a complexidade do poder humano.

Na comédia romântica da Netflix “Jogos de Amor”, Gina Rodriguez interpreta Mack, uma jornalista esportiva de 33 anos e expert em flertes rápidos, mas relutante quanto a relacionamentos sérios. Junto a um grupo de amigos, ela transforma a conquista em um verdadeiro jogo até a chegada do carismático e renomado jornalista Nick (Tom Ellis). Encantada pelo novo colega, Mack decide dar uma chance ao romance de longa duração, mesmo sabendo que precisará reinventar suas táticas para um relacionamento mais profundo.

Essa trajetória de autodescoberta é central em “O Diário de Noel”, dirigido por Charles Shyer. O protagonista, consumido por suas próprias dores, enfrenta um momento decisivo de mudança. Algo em sua alma é profundamente tocado, iniciando o processo de libertação que lhe permitirá seguir em frente. Baseado no romance homônimo de Richard Paul Evans, publicado em 2017, o roteiro de Shyer, Rebecca Connor e David Golden tece uma narrativa que, apesar de brincar com pistas falsas e elementos de farsa, consegue manter o espectador cativado.