Filmes

Escrito por Nick Saltrese, o roteiro de “Tubarão: Mar de Sangue” logo atraiu o diretor James Nunn, porque ele simplesmente é um fanzaço da clássica franquia de Steven Spielberg. Aliás, se tem algo que Spielberg sabe fazer é transformar um filme em clássico. Suas obras, mesmo as mais antigas, inspiraram e inspiram gerações de cineastas, que descobrem sua paixão pelo cinema justamente em nestas produções que conseguem unir em uma só coisa o popular e o cult.  

Em “De Volta ao Amor”, Yuvaraj Dhayalan ao mesmo tempo em que exalta a habilidade de sua gente quanto a digerir e metabolizar as dores do amor, não cerra os olhos à evidência de que pode restar uma nódoa de pesar difícil de remover. Os três casais que dividem a cena e o consultório de uma terapeuta em Nova Délhi, também ela em apuros no casamento, estão certos de que estão errando, até imaginam onde, mas, assim mesmo, não viram o jogo.

Pela excelência do trabalho de Keanu Reeves em “John Wick 4: Baba Yaga”, pode-se suspeitar com boa margem de acerto que a franquia está longe de uma conclusão definitiva — o que não deixa de abrigar alguns problemas. Com uma carreira marcada por performances irregulares, ora muito boas, ora apenas protocolares e algumas vezes francamente ruins, Reeves segue muito confortável naquele que pode ser seu personagem mais complexo, mais refinado, mais esmeradamente construído, figura que caminha com destreza entre o legal e o ilegal e exerce seu ofício sem pena de ninguém.