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Não leve a vida tão a sério! Comédia na Netflix vai te ensinar a viver com humor e leveza

Não leve a vida tão a sério! Comédia na Netflix vai te ensinar a viver com humor e leveza

Não há terreno mais fértil para a comédia do que o fracasso humano, sobretudo quando este é encenado com desdém pelas ilusões românticas que a cultura insiste em vender como destino. “Antes Só do que Mal Casado”, dos irmãos Farrelly, transforma esse fracasso em arte escancarada, zombando da ideia de que o amor — ao menos como costuma ser narrado nas telas — é redentor.

O filme mais assistido do momento, no mundo todo, na Netflix Divulgação / Netflix

O filme mais assistido do momento, no mundo todo, na Netflix

Heróis, entretanto, obedecem a outra lógica, até (ou principalmente) nisso: essa é apenas uma das impressões a se tirar de “Bala Perdida 3”, a última sequência de thrillers do francês Guillaume Pierret e continuação de uma história de busca por reparação e muito rancor. Pierret recorre a flashbacks dos dois longas anteriores, também dirigidos por ele, para situar o público no enredo, que continua a seguir a lógica de contrapor bem e mal, enquanto vão surgindo outros elementos que conferem um verniz noir à história, bem ao gosto da tradição francesa. Mas nem tudo sai comme il faut.

Absurdo e fascinante — o que fez décimo filme de franquia considerada “burra” por críticos alcançar bilheteria de 4 bilhões? Divulgação / Universal Pictures

Absurdo e fascinante — o que fez décimo filme de franquia considerada “burra” por críticos alcançar bilheteria de 4 bilhões?

Há filmes que não pedem licença para existir — irrompem na tela como quem desafia qualquer convenção, como se gritassem ao espectador: “sim, nós fomos longe demais, e é exatamente por isso que você está aqui”. “Velozes & Furiosos 10” pertence a esse seleto grupo. O que começou como um retrato underground da cultura de corridas ilegais evoluiu, ou talvez mutou, para algo que flerta abertamente com o delírio narrativo.

O mestre do absurdo: Joaquin Phoenix vive o anti-herói que Camus escreveu antes mesmo de nascer Divulgação / The Weinstein Company

O mestre do absurdo: Joaquin Phoenix vive o anti-herói que Camus escreveu antes mesmo de nascer

Girando sobre o eixo da necessidade da fundação de um mundo melhor — sem que se saiba exatamente o que viria a ser isso, nem de que maneira atingi-lo —, “O Mestre” desdobra-se como se quisesse fazer uma denúncia, ao mesmo tempo que é profundo demais para caber em tal rótulo. Diretor meticuloso, Paul Thomas Anderson compõe um drama psicológico sobre um veterano perturbado, voltando sem rumo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), até deparar-se com o líder de uma seita pseudo-filosófica e pseudo-religiosa que o acolhe.