Filmes

Tema na ordem do dia desde que o mundo é mundo, a violência contra a mulher — rebatizada de crime de gênero — vem à superfície da mais crua e brutal em “Doce Vingança”. No thriller de terror de Steven R. Monroe, baseado em “A Vingança de Jennifer” (1978), de Meir Zarchi, a protagonista, uma mulher bonita e bem-sucedida, vê sua vida transformada num inferno porque se atreve a viajar sozinha para um casebre no meio do nada. O que acontece a partir de então é a mostra do pior que um ser humano pode fazer a outro, e ao fim resta só o desalento.

Gostar de filme assustador, muita gente gosta. A sensação de perigo, a emoção e adrenalina que invade o corpo pode até ser boa, o problema é depois, quando se está sozinho ou quando a noite chega. Pode confessar que você já passou umas noites em claro por não conseguir pregar o olho pensando em algum ser demoníaco de filme. Ou se já deixou de ir ao banheiro de madrugada com medo de ser visitado por uma entidade maligna.

Acho uma pena, mas todo mundo morra um dia. Independente de quem tenham sido em vida, todos encontram o destino final, que é seu lugar em meio aos vermes sob a terra. Se há algo além deste mundo, ninguém voltou com fotos ou fatos para provar como é. Mas, como já dizia V, de “V de Vingança”, ideias e ideais, ao contrário de nossos corpos físicos, são à prova de bala, não morrem.

“Monsieur & Madame Adelman” prometia ser um filme não excelente, mas ao menos bom. Contudo, as incongruências narrativas de Nicolas Bedos comprometem boa parte do enredo, que chega ao fim disparatado sem nenhum argumento que o justifique. É próprio da arte intrigar, fundir a cabeça do homem, abalar o estabelecido, desde que se o faça com método e razão.