Filmes

Em “Se a Rua Beale Falasse”, Barry Jenkins traz a história de Clementine, a Tish, e Fonny, amigos que passaram a infância e adolescência no Harlem, bairro barra-pesada do subúrbio ao norte de Nova York. À medida que o tempo passa, como se ele tirasse a venda dos olhos dela e vice-versa, do mesmo modo que naqueles programas cafonas de encontros amorosos na televisão, descobrem que foram feitos um para o outro.

Sabe aquele filme que você vê a capa no catálogo da Netflix e nunca dá moral? Pois saiba que você pode estar perdendo uma produção bem bacana e nós vamos te dar agora alguns exemplos. Se esses filmes falassem, eles diriam: “Poderia ser nós dois, mas você não colabora”. Saiba agora quais títulos você tem esnobado, mas que valem a pena assistir.

Se não são os filmes mais apreciados, os thrillers decerto são os mais numerosos. Chega a mesmerizar a quantidade de produções falando de assaltos, mortes, crimes de toda espécie e, claro, com as famigeradas investigações que se seguem. Em “Shimmer Lake” também há tudo isso, mas o diretor Oren Uziel pensou numa maneira quanto a fazer seu trabalho dotado de um pouco mais de sentido, e só isso já vale a viagem.

Pode ser redundante, óbvio até, mas o amor é mesmo ridículo, como alega o poeta lusitano Fernando Pessoa (1888-1935), outra sumidade no assunto. Craig Elrod se mostra igualmente finório quanto a retratar um amor que se desfaz em “Mustang Island”, que acaba por se constituir num manifesto ao fim do amor, uma vez que ele sempre renasce, noutra circunstância, com outros parceiros. A vida é movimento. O amor também.

Tom Jobim (1927-1994) disse certa feita que, no Brasil, o sucesso alheio é ofensa pessoal. Eu acrescento que, quando fazemos sucesso, a energia negativa em volta pode ser tão poderosa a ponto de fazer nossa própria vaidade nos aniquilar. Duvida? Então assista aos cinco filmes da nossa lista, os melhores do ano da Netflix até agora, com destaque para “Granizo”, dirigido por Marcos Carnevale, e “Sorte de Quem?”, de Charlie McDowell. A vaidade vai estar em todos eles, por mais oculta que possa parecer.