Em meio ao frenesi de produções cinematográficas em constante fluxo, alguns filmes notáveis podem deslizar inadvertidamente pelos cinéfilos mais ávidos. Hollywood, com sua abundância de produções, muitas vezes obscurece algumas obras que merecem ser destacadas. O avanço implacável de novas estreias muitas vezes deixa para trás títulos que, apesar de sua qualidade, acabam esquecidos no turbilhão de conteúdo.
O que a crítica e a audiência definem como um bom filme tem conceitos bem diferentes. Enquanto os especialistas analisam o lado técnico da produção, esmiuçando cada detalhe e capricho para avaliar como os filmes são executados, o público se preocupa apenas com o produto final, como um todo. Se o tempo gasto foi agradável, é bom. Se não, é ruim. As duas coisas fazem sentido e essa lista vem para mostrar que nem tudo que é desaprovado pela crítica é ruim para quem assiste.
O amor resiste o quanto pode a intervenções externas, como se vê logo nas primeiras sequências de “Seu Nome Gravado em Mim”. O taiwanês Liu Kuang-Hui tem sempre boas saídas para fomentar a apreciação estética de seus trabalhos, visualmente ricos e cujo conteúdo vai discrepando com sutileza da expectativa de construções harmônicas também no que é dito.
Da mente criativa do renomado diretor Yoon Sunghyun, que nos brindou com os sucessos “Pasookkoon” e “Si-seon Neo-meo”, surge “Tempo de Caça”. Este filme apresenta um roteiro eletrizante de suspense e ação, envolvendo a feroz perseguição de um grupo de jovens criminosos inexperientes após uma tentativa audaciosa, porém desastrada, de roubo a um cassino ilegal.
O primeiro documento fílmico elaborado na Rússia pode até não ter ido além de vergonhosa louvação a uma forma sutil — ou menos patente — de tirania, alijada do poder 21 anos depois por outros déspotas. “Major Grom Contra o Dr. Peste” é um testemunho do progresso, ainda que lento e esporádico, do cinema russo, manifestação artística das mais tradicionais da Idade Contemporânea, aberta não por um filme, mas com um trabalho de propaganda.
