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Os 5 melhores filmes de 2025 (até agora)

Os 5 melhores filmes de 2025 (até agora)

Entre estreias aguardadas, surpresas do circuito alternativo e produções que chegaram ao país com aclamação internacional, o primeiro trimestre de 2025 já se mostrou notavelmente fértil para os amantes do bom cinema. Em um cenário de disputas entre salas comerciais e plataformas de streaming, alguns títulos conseguiram se destacar não apenas por sua excelência técnica ou temática, mas pela forma como dialogaram com o público brasileiro — inquietando, provocando ou simplesmente encantando.

Terror com Russell Crowe mistura sagrado e profano e te leva ao limite do medo, no Prime Video Divulgação / Sony Pictures

Terror com Russell Crowe mistura sagrado e profano e te leva ao limite do medo, no Prime Video

“O Exorcista do Papa” é um terror clichê que encontra um espaço insólito entre o convencional e o insubordinado. A premissa — aparentemente mais uma incursão entre latins guturais e corpos contorcidos — carrega o que se esperaria de qualquer derivado do gênero: possessão, fé em crise, obscurantismo católico e a eterna dança entre o sagrado e o profano.

O melhor filme de Al Pacino é Robert DeNiro depois de “O Poderoso Chefão”, no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

O melhor filme de Al Pacino é Robert DeNiro depois de “O Poderoso Chefão”, no Prime Video

A cidade que nunca dorme é, por instantes, engolida por um silêncio que diz mais que o estrondo de tiros. Em “Fogo Contra Fogo”, Michael Mann transforma Los Angeles num organismo exausto, onde as luzes noturnas não iluminam, denunciam. Entre esse brilho saturado e as sombras onde o crime se esgueira, o diretor compõe uma partitura de ruídos e vazios que não apenas marcam o tempo da ação, mas desnudam a alma dos que nela se perdem.

De saída da Netflix: atuação mais genial da carreira de Anthony Hopkins Divulgação / Film4

De saída da Netflix: atuação mais genial da carreira de Anthony Hopkins

Em “Meu Pai”, Florian Zeller abandona qualquer tentação de explicar como é viver com demência e opta por uma experiência sensorial crua e desorientadora, na qual o espectador é empurrado para dentro de uma mente em colapso. O filme não se aproxima da doença para descrevê-la, mas para reproduzi-la — não com palavras, mas com a própria estrutura narrativa.

A melhor comédia romântica que você vai ver esta semana Divulgação / Vertical Entertainment

A melhor comédia romântica que você vai ver esta semana

Num dado momento da vida, começa-se a notar evidências cada vez mais inequívocas de que o amor é mesmo um acidente de percurso na solidão invencível de todos nós, mas a cada cena, “Jogo do Amor — Ódio” parece querer deixar claro que é uma comédia romântica como todas as outras. E tanto pior quando dirigida por alguém que conhece do riscado. Peter Hutchings tem bastante experiência nessas narrativas; entretanto, a impressão que teima em resistir é que apenas copia e cola o que ele mesmo já fez, sem nenhuma tola preocupação artística.