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Ah, essa minha cara de puta

Ah, essa minha cara de puta

Não. Eu não venho sempre aqui. É a minha primeira vez e penso que será a última. Acredite. Está equivocado. Você nunca me viu mais gorda. Sim. Tenho certeza. Numa boa. Guarde consigo essa clara impressão de que me conhece de algum lugar. Longe é um lugar que não existe. Não. Essa frase não é minha. É o título de um livro do Richard Bach. Não me leve a mal. Desculpe. Você não pode se sentar do meu lado. Sim. Estou esperando outra pessoa.

Alaíde Costa e o milagre da multiplicação de belezas

Alaíde Costa e o milagre da multiplicação de belezas

Aos oitenta e sete anos e quase sete décadas de música, Alaíde Costa é uma das cantoras mais importantes que inda caminham por este mundo e esse é outro milagre. Sem nunca ter enriquecido, lotado estádios nem ter visto suas músicas tocarem na televisão mais de meia dúzia de vezes, ela tem uma multidão de admiradores. Porque cantou sem fazer concessões a quem quis ouvi-la, exerceu seu ofício sem medo e distribuiu belezas que duram. Sua voz impecável inda hoje é um sinal da riqueza do tempo. Alaíde é um tesouro, uma fortuna, uma raridade. Um instrumento bonito de Deus que persiste, esparramando graça entre tanto infortúnio.

O que revelam os Chás de Revelação

O que revelam os Chás de Revelação

Existem várias maneiras de se revelar o sexo do bebê. As mais bobinhas e quase descartadas por serem muito sem graça são abrir um envelope onde está escrito qual é o sexo do bebê ou cortar um bolo cujo recheio tem a cor que representa o sexo do bebê. Mas as revelações mais up-to-date devem envolver estardalhaço, confete, serpentina e, principalmente, muita fumaça colorida.

Krenak quer cadeira

Krenak quer cadeira

Na eleição da Academia Brasileira de Letras (ABL), a história será feita. Pela primeira vez na instituição, dois autores indígenas estão concorrendo para uma vaga. São eles: Ailton Krenak, mineiro de 69 anos, e Daniel Munduruku, paraense de 59 anos. No entanto, este momento é marcado por tensões, pois Munduruku expressou seu desagrado com a decisão de Krenak de concorrer no mesmo pleito.

Bula de livro: Caderno Proibido, de Alba de Céspedes

Bula de livro: Caderno Proibido, de Alba de Céspedes

Alba de Céspedes é uma das influências explícitas e declaradas de Elena Ferrante, sendo, possivelmente, a maior romancista em língua italiana do século 20. Apesar de ser ainda pouco conhecida no Brasil, foi apresentada, de forma mais ampla, ao público brasileiro em uma primorosa edição da Companhia das Letras. Na Roma dos anos 1950, uma mulher, já mãe de dois filhos e casada, inicia o registro de sua vida em um diário. Dividida entre as funções de mãe, esposa e funcionária de um escritório, enfrenta, com resignação, as transformações dos filhos e um casamento monótono, no qual é sempre denominada “mamãe” pelo marido, como se sua individualidade fosse reduzida a um mero adorno da família.