Nem Agatha Christie ousaria tanto: o suspense que está viralizando na Netflix é real e devastador Divulgação / Netflix

Nem Agatha Christie ousaria tanto: o suspense que está viralizando na Netflix é real e devastador

Baseado em um caso real que paralisou Amsterdã em 2022, “iHostage” mergulha no cerne de um sequestro dentro de uma loja da Apple e transforma o episódio em uma crítica intensa ao colapso das estruturas sociais. Com direção firme de Bobby Boermans e atuações que sustentam a tensão até o limite, o filme transcende o registro factual e investe em inquietações éticas, psicológicas e institucionais que permanecem após os créditos finais.

Atuação visceral de James McAvoy em mistério inquietante no Prime Video Divulgação / Sixteen Films

Atuação visceral de James McAvoy em mistério inquietante no Prime Video

“Meu Filho”, estrelado por James McAvoy, não se apressa em fornecer explicações ou desenlaces reconfortantes. Sua proposta é mais desconcertante: fazer o espectador caminhar ao lado de um homem cuja racionalidade foi substituída por uma urgência crua, quase animal. O desaparecimento do filho, durante um acampamento nas Highlands escocesas, arrasta o protagonista — e o público — para um território onde os sentimentos não são organizados em frases, mas em impulsos.

4 filmes com Denzel Washington na Netflix que você vai querer assistir duas vezes Divulgação / Sony Pictures

4 filmes com Denzel Washington na Netflix que você vai querer assistir duas vezes

Há atores que entregam atuações sólidas; e há Denzel Washington, que transforma qualquer papel em presença absoluta. Com uma combinação rara de intensidade, carisma e inteligência dramática, ele domina a cena com uma naturalidade que poucos alcançam. Seja interpretando justiceiros implacáveis, pilotos atormentados ou mestres da estratégia, sua atuação carrega sempre uma carga emocional silenciosa — que cresce na memória com o tempo.

Os 7 livros que todas as pessoas deveriam ler ao menos uma vez na vida

Os 7 livros que todas as pessoas deveriam ler ao menos uma vez na vida

A lista que se segue não busca o consenso nem a obviedade. São sete títulos escolhidos por sua potência de abalar certezas, pela sofisticação de suas estruturas narrativas e pela complexidade ética, política ou existencial que mobilizam. São livros que lidam com o tempo, a memória, o poder, o delírio, o absurdo, o desejo, a morte e a linguagem — não como temas, mas como abismos. Nenhum deles entrega conforto. Mas todos oferecem um tipo de lucidez que, uma vez alcançada, já não se desfaz.

Entre os 3,2 mil filmes da Netflix Brasil, existe um que não deveria estar ali — deveria estar em museu, com legenda: obra-prima definitiva Divulgação / Paramount Pictures

Entre os 3,2 mil filmes da Netflix Brasil, existe um que não deveria estar ali — deveria estar em museu, com legenda: obra-prima definitiva

Em “Era uma Vez no Oeste”, Sergio Leone transforma a decadência do Velho Oeste em rito visual de melancolia e grandiosidade. A trama, encenada entre trilhos, poeira e silêncios carregados, ressignifica os mitos do faroeste com rigor estético, lirismo sombrio e uma trilha sonora que opera como lamento. Mais que filme, é o epitáfio de uma era em vias de desaparecer — um gesto fúnebre que se converte em pura reverberação mitológica.