Terror com Russell Crowe mistura sagrado e profano e te leva ao limite do medo, no Prime Video Divulgação / Sony Pictures

Terror com Russell Crowe mistura sagrado e profano e te leva ao limite do medo, no Prime Video

“O Exorcista do Papa” é um terror clichê que encontra um espaço insólito entre o convencional e o insubordinado. A premissa — aparentemente mais uma incursão entre latins guturais e corpos contorcidos — carrega o que se esperaria de qualquer derivado do gênero: possessão, fé em crise, obscurantismo católico e a eterna dança entre o sagrado e o profano.

O melhor filme de Al Pacino é Robert DeNiro depois de “O Poderoso Chefão”, no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

O melhor filme de Al Pacino é Robert DeNiro depois de “O Poderoso Chefão”, no Prime Video

A cidade que nunca dorme é, por instantes, engolida por um silêncio que diz mais que o estrondo de tiros. Em “Fogo Contra Fogo”, Michael Mann transforma Los Angeles num organismo exausto, onde as luzes noturnas não iluminam, denunciam. Entre esse brilho saturado e as sombras onde o crime se esgueira, o diretor compõe uma partitura de ruídos e vazios que não apenas marcam o tempo da ação, mas desnudam a alma dos que nela se perdem.

De saída da Netflix: atuação mais genial da carreira de Anthony Hopkins Divulgação / Film4

De saída da Netflix: atuação mais genial da carreira de Anthony Hopkins

Em “Meu Pai”, Florian Zeller abandona qualquer tentação de explicar como é viver com demência e opta por uma experiência sensorial crua e desorientadora, na qual o espectador é empurrado para dentro de uma mente em colapso. O filme não se aproxima da doença para descrevê-la, mas para reproduzi-la — não com palavras, mas com a própria estrutura narrativa.

A melhor comédia romântica que você vai ver esta semana Divulgação / Vertical Entertainment

A melhor comédia romântica que você vai ver esta semana

Num dado momento da vida, começa-se a notar evidências cada vez mais inequívocas de que o amor é mesmo um acidente de percurso na solidão invencível de todos nós, mas a cada cena, “Jogo do Amor — Ódio” parece querer deixar claro que é uma comédia romântica como todas as outras. E tanto pior quando dirigida por alguém que conhece do riscado. Peter Hutchings tem bastante experiência nessas narrativas; entretanto, a impressão que teima em resistir é que apenas copia e cola o que ele mesmo já fez, sem nenhuma tola preocupação artística.

O filme mais bonito e encantador de 2025 — baseado em uma história real brasileira Divulgação / Roadside Attractions

O filme mais bonito e encantador de 2025 — baseado em uma história real brasileira

Jean Reno vem dando uma pausa nos tipos obscuros que encarna tão bem para investir-se da figura de velhinho gente boa. Ao menos essa é a impressão que se tem diante de “Meu Amigo Pinguim”, um relato tão inaudito quanto doce acerca do vínculo entre um pescador algo amortecido depois de uma tragédia pessoal num passado remoto e um pinguim-de-magalhães, salvo de um derramamento de óleo e que uma vez por ano nada os mais de três mil quilômetros que separam a Patagônia da praia de Provetá, na Ilha Grande, litoral sul fluminense, para consolá-lo e manifestar-lhe sua gratidão.