A poeta trágica argentina que redefiniu a literatura latino-americana morreu de overdose aos 36
Filha de imigrantes judeus ucranianos, Alejandra Pizarnik nasceu em Avellaneda, cresceu entre asma, gagueira e o rumor de perdas familiares. Adolescente, encontrou na leitura uma casa; adulta, forjou voz própria entre Buenos Aires e Paris, traduzindo, estudando, vivendo com dinheiro curto e noites compridas. Recebeu bolsas prestigiosas, mas a precariedade persistiu. Relações intensas, dependência de medicamentos, hospitalizações. Em 1972, aos trinta e seis, morreu após uma overdose, deixando cadernos, cartas e uma presença que só cresceu.