O trem não parou. Lô Borges partiu. Belo Horizonte ainda canta baixinho na janela

O trem não parou. Lô Borges partiu. Belo Horizonte ainda canta baixinho na janela

Mineiro de Belo Horizonte, Lô Borges atravessou seis décadas de criação entre a esquina doméstica e a invenção coletiva de “Clube da Esquina”. Autor de melodias que ensinaram o país a escutar miúdo, lançou “Lô Borges” em 1972 e, nos últimos anos, voltou com inéditas em série. Internado em outubro, morreu no domingo, 2 de novembro de 2025, aos 73, com confirmação na manhã seguinte. Este perfil segue seus rastros: casas, vozes, discos e datas, onde a delicadeza resiste inteira.

Drama emocionante impossível de esquecer, no Prime Video Divulgação / Great Movies

Drama emocionante impossível de esquecer, no Prime Video

“Milagre na Cela 7” é uma combinação quase insuportável de doçura e dor que nos obriga a rir e chorar quase ao mesmo tempo. Não é só uma história de injustiça, é um espelho do que significa ser humano quando todas as camadas sociais e emocionais são reduzidas a sua forma mais crua: vulnerabilidade e amor incondicional. Mehmet Ada Öztekin pega o molde sul-coreano e, com delicadeza dramática, retira o excesso cômico, deixando espaço para que a empatia exploda sem pedir licença.

O slasher que voltou para fazer você pular da poltrona, na HBO Max Divulgação / Columbia Pictures

O slasher que voltou para fazer você pular da poltrona, na HBO Max

O novo remake de “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado” cumpre exatamente o que se propõe: resgatar a experiência central do slasher adolescente dos anos 1990 e transplantá-la para uma nova geração com mínima interferência no cerne narrativo. Diferentemente de tentativas recentes de reimaginar clássicos, aqui não há pretensão de elevar o gênero a uma reflexão existencial ou inovar em termos de linguagem cinematográfica; a obra entende seu valor e suas limitações, concentrando-se na execução precisa do que define seu público-alvo.

O filme que vai aquecer seu coração e ser terapia para sua mente, na Netflix

O filme que vai aquecer seu coração e ser terapia para sua mente, na Netflix

Há personagens que parecem ter nascido de uma colisão frontal entre o instinto de sobrevivência e a absoluta falta de direção. Tallulah (Elliot Page) é uma dessas criaturas errantes que o mundo insiste em empurrar para os cantos menos iluminados. Ela vive como se o chão fosse lava e permanecer em qualquer lugar representasse um risco maior do que vagar sem destino. Um nomadismo sem glamour, sem “road trip de autoconhecimento” patrocinada pela indústria cultural, apenas o desespero diário de quem não cabe em lugar algum.

O cinema raro que ensina a morrer sem medo — e a viver com mais coragem, na Netflix Divulgação / Crea SGR

O cinema raro que ensina a morrer sem medo — e a viver com mais coragem, na Netflix

“O Quarto Ao Lado”, filme de Pedro Almodóvar, encara de frente aquilo que a cultura contemporânea tenta disfarçar com distrações, o limite incontornável da existência. E não o faz com desespero ou sentimentalismo diluído, mas com a precisão intelectualmente incômoda de quem sabe que a morte, quando nomeada sem rodeios, transforma tudo em questão ética.