Bloomsday: Nem Jesus Cristo tem um dia no calendário. Leopold Bloom tem
No centro da cidade antiga, as pedras respiram como se estivessem esperando alguém. Às vezes um silêncio denso se esgueira entre os prédios, como uma carta não enviada. A luz passa torta por cima das chaminés, resvala nos trilhos, nas vitrines embaciadas. Os passos ecoam, mas não seguem ninguém. Há uma mulher parada diante de um açougue fechado, ou talvez seja só uma lembrança mal encaixada. O ar tem gosto de tinta molhada e papel velho. É junho, e tudo está fora do lugar.