Virou um costume dizer que certos artistas são universais e atemporais. É uma visão que tenta isolar uma determinada obra em aspectos puramente estéticos e esvaziá-la das referências externas do mundo e da época em que foi produzida. Um olhar empobrecedor, dirão algumas pessoas, ou o mais correto para as artes, defendem outras.
Em 2020, um vírus destruidor passou pelo Planeta Terra e tirou a esperança de muita gente. Agora parece fácil olhar pela janela e ver a vida seguindo como se tudo estivesse normal. No entanto, um rastro invisível de luto, perdas e danos ficou pelo caminho. Foram meses tristes e estranhos que nos fizeram sentir dentro de um filme de Hollywood. Com a pandemia global, outro fenômeno estranho ocorreu. Os últimos dois anos parecem ter sido engolidos por uma dobra espacial. Piscamos e já é quase 2022.
Embora as produções no ranking de popularidade da Netflix sejam, na maioria das vezes, norte-americanas, o catálogo da plataforma conta com experiências encantadoras pela cinematografia de vários países do mundo, inclusivo, o alemão. Famoso pelos seus movimentos expressionista e, também, o Cinema Novo Alemão, o país é berço de novas técnicas e estilos, que abrangem roteiro, fotografia, montagem e muito mais.
E chega novembro! Com ele, mais uma leva de títulos que serão incluídos no catálogo da Netflix. Como bom assinante, você não pode ficar desinformado das novidades. Por isso, a Revista Bula traz agora uma lista com os principais filmes que estreiam na plataforma neste mês.
Ao se estender sobre os perigos de se viver num mundo completamente despreparado para acolher o diferente, para proteger o mais fraco, “Milagre na Cela 7” (2020), dirigido pelo turco Mehmet Ada Öztekin, elabora um trabalho brilhante, que prima pela delicadeza, pelo elogio à inocência, pela emoção. À disposição do assinante da Netflix, o filme toca em pontos nevrálgicos de qualquer sociedade do mundo contemporâneo sem ser querer filosófico e, muito menos, pesado, mas cumprindo o papel de despertar no espectador a vontade de conhecer universos aos quais não pertence e, exatamente por essa razão, tão atraentes.
