60 anos sem William Faulkner

60 anos sem William Faulkner

Nem todos os romances de Faulkner são de alta qualidade, mas “O Som e a Fúria”, “Enquanto Agonizo” (o preferido de Harold Bloom), “Luz em Agosto” e “Absalão, Absalão” merecem figurar em qualquer lista de melhores livros de todos os tempos. Mesmo romances menores, como “Os Invictos” e “Sartoris” superam, de longe, a literatura beat — a que fez mais dieta de qualidade nos Estados Unidos. Não são, evidentemente, obras escritas por um fazendeiro… comum.

Suspense complexo e cheio de reviravoltas, na Netflix, te fará roer as unhas até a cena final Divulgação / Metropolitan Filmexport

Suspense complexo e cheio de reviravoltas, na Netflix, te fará roer as unhas até a cena final

Duelos de tribunal, protagonizados por promotores tomados da vontade de exercer seu ofício em plenitude, ou seja, botar atrás das grades um assassino confesso, e advogados cujos honorários nababescos não poderiam ser estímulo maior quanto a defender toda a sorte de facínora nunca faltaram no cinema. Gregory Hoblit decidiu apostar no gênero. O resultado veio à luz em “Um Crime de Mestre”, um thriller com tudo o que já se viu em histórias com essa configuração e, mesmo assim, original.

A alienação é a chave da felicidade Dreamstime

A alienação é a chave da felicidade

Acho o mundo uma bela porcaria. Não me refiro à chuva, aos rios, aos cânions e aos passarinhos. Falo de gente. Não há como negar, contudo, que a vida no planeta se torna mais suave, quando temos o privilégio de conviver e de aprender coisas boas com pessoas que têm a leveza, a elegância e a generosidade que tinha, por exemplo, a minha saudosa tia professora

O filme da Netflix que vai tirar seu fôlego e te deixar com raiva, triste e feliz ao mesmo tempo Diego Lopez Calvin / Netflix

O filme da Netflix que vai tirar seu fôlego e te deixar com raiva, triste e feliz ao mesmo tempo

Desenvolvido à farta pela indústria cultural por meio de canções e peças publicitárias, problemas familiares particularmente intrincados são a matéria-prima do diretor espanhol Julio Medem, que confere a “Árvore de Sangue” a aura mística que as questões mal resolvidas de tempos imemoriais ainda impõem a um casal que, apesar de visivelmente apaixonado, enfrenta uma crise que perpassa aspectos que eles não são capazes de alcançar.