Era do TikTok: suspense e tecnologia se misturam em filme na Netflix
Há algo de profundamente simbólico na escolha de “M3GAN” como o primeiro grande lançamento de um novo ciclo cinematográfico. Não apenas por seu apelo estético e comercial, mas porque sintetiza, com notável precisão, a crise de identidade do cinema de gênero no século 21. Um filme que se apresenta como inovação, mas cuja espinha dorsal remonta a arquétipos exaustivamente explorados. Como um algoritmo treinado em referências, M3GAN recicla traumas e temores já conhecidos, da possessividade homicida de “Brinquedo Assassino” à lógica inescapável de “O Exterminador do Futuro”, e os recompõe em uma embalagem adaptada ao imaginário digital da era TikTok.