Um Artista do Seu Tempo, de José Fábio da Silva

Um Artista do Seu Tempo, de José Fábio da Silva

É para se colocar na prateleira das maravilhas o romance “Um Artista de Seu Tempo”, de José Fábio da Silva, pelo Selo Naduk, da negalilu editora (2022). É distópico, interessante, mistura ficção científica com realidade, prende a atenção, é recheado ironias e exige acuidade do leitor para acompanhar e destrinchar o enredo, que é recheado de muitas estórias que, pouco a pouco, vão se conectando. Eu o li no original, fazendo uma primeira revisão, em um momento meio covid e meio dengue e quase embarquei, ou melhor, embarquei no desenredo, fazendo um esforço estupendo para acompanhar a criatividade do autor.

O filme com Mira Sorvino na Netflix vai tirar seu fôlego e fazer seu coração querer saltar pela garganta

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“Assassinos Substitutos” é outro dos trabalhos em que Antoine Fuqua imprime a marca registrada de esquivar-se do politicamente correto com sutil galhardia, opinar sobre o que lhe brota à cabeça e deixar que a encrenca chegue do jeito mais orgânico, às vezes de forma açodada e desproporcional. Em sua estreia no comando de longas-metragens, já famoso pela carreira à frente de videoclipes, o diretor faz a alegria de quem prefere tramas de andamento veloz, irrigadas a muito sangue e acertos de contas entre antagonistas e postulantes a mocinhos.

Na Netflix: o romance que fez as pessoas chorarem nos cinemas e é um dos filmes mais fofos, amados e tristes da história Divulgação / Summit Entertainment

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Em um cenário saturado de comédias românticas genéricas, “P.S. Eu Te Amo” destaca-se como um tour de force tanto emocional quanto intelectual. O diretor Richard LaGravenese e o corroterista Steven Rogers mergulham profundamente no livro homônimo de Cecelia Ahern, criando uma tapeçaria complexa de amor, perda e autoconhecimento. Este filme vai além de ser apenas outra história de amor; aspira e efetivamente se torna um comentário perspicaz sobre as contradições inerentes à condição humana.

Indicado ao Oscar e assistido por mais de 200 milhões de pessoas, um dos maiores suspenses da história está na Netflix Divulgação / 20th Century Studios

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Se for verdade o que alegava o crítico e roteirista norte-americano Roger Ebert (1942-2013) — um dos homens que pensou o cinema com mais profundidade — ao dizer que “quase nunca importa sobre o que diz um enredo, mas de que maneira diz sobre o que diz”, então “Garota Exemplar”, dirigido por David Fincher, parte do conceito mais paradigmaticamente justo acerca do que é um bom filme.

O romance que arrecadou milhões nas bilheterias e foi promovido a clássico cult está na Netflix Gaumont / Columbia Tristar Film

O romance que arrecadou milhões nas bilheterias e foi promovido a clássico cult está na Netflix

Parece clichê dizer que “Closer: Perto Demais”, filme de 2003 de Mike Nicholls, segue a premissa da liquidez das relações de Zygmunt Bauman, e é. Mas não deixa de ser verdade. Quando lançado, há quase 20 anos, foi alvo de críticas e elogios, mas principalmente elogios, porque finalmente alguém retratava os relacionamentos amorosos de maneira menos romântica e utópica nos cinemas. A intenção de Nicholls, ao adaptar a peça de Patrick Marber, era dar um tom de realismo aos romances. Não chegou exatamente lá, mas ofereceu ao público um interessante olhar sobre a ferocidade e crueldade da natureza humana.