Televisão em modo turbo: o filme frenético da Netflix que vai fazer seus olhos saltarem do rosto
A memória realmente nos apronta falsetas, mas muito pior que os ardis do cérebro — que, como tudo na natureza, têm alguma razão de ser, entre as quais nos livrar de resíduos inúteis (e tóxicos) do dia a dia – são as estratégias de que o homem lança mão na tentativa de burlar o passar do tempo. “Carter”, do sul-coreano Jung Byung-Gil, brinca com inferências sobre uma humanidade vulnerável, refém da tecnologia. Essa é uma história pouco afeta a sutilezas já no início, com um protagonista que acorda para uma vida que não é a sua.