Copacabana, meu amor

Copacabana, meu amor

Não se mede o tempo em Copacabana. Sem os arcos atemporais da Lapa, Copa nunca dorme: menos negra do que já fora, tem um acinzentado peculiar, uma brancura falida dos outrora glamurosos no bairro mais idoso da América Latina; a brancura dos turistas com algum dinheiro e sanha por libertinagem sem humildade, cheia de paixão e curiosa pela morte.

Cristofóbicos unidos

Cristofóbicos unidos

Subia a Voluntários da Pátria a contragosto, a meio quilômetro por hora, num esforço sobre-humano, quase canino, para não sofrer um colapso. Uma bunda patriótica que me servia como guia, instigava-me a correr ladeira acima e já tinha dobrado a esquina fazia um século. Era uma bunda alegre, firme e altruísta.