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Com seus monumentais 215 minutos, Brady Corbet ergue um relato vigoroso sobre identidade, exílio e arquitetura, ambientado em meio à desolação da Segunda Guerra Mundial. Estrelado por Adrien Brody como um arquiteto expatriado na América, o drama questiona o capitalismo e as marcas profundas do deslocamento humano, revelando que a maior resistência talvez não esteja no concreto, mas na própria alma humana.

“O Brutalista” entra com todo o merecimento na galeria de épicos do cinema, e é preciso fôlego extra para chegar ao fim dos 215 minutos de uma história cheia de reviravoltas, detalhes, proposições, beleza, mas uma beleza que repudia a obviedade e impõe-se pelo vigor. Brady Corbet e a corroteirista Mona Fastvold tecem críticas ora pertinentes, ora ingênuas ao capitalismo tendo por pano de fundo a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que expulsa um homem de sua terra natal e o força a sair à procura um novo lugar para chamar de seu, pouco importa onde, sem nenhuma garantia de que o iria encontrar.