Autor: Giancarlo Galdino

Adaptação de Stephen King, que acaba de chegar à Netflix, fará você se contorcer no sofá e não o deixará piscar Divulgação / Dimension Films

Adaptação de Stephen King, que acaba de chegar à Netflix, fará você se contorcer no sofá e não o deixará piscar

Outro dos discípulos kinguianos na tela grande — quiçá o mais fiel —, Frank Darabont combina em “O Nevoeiro” um fenômeno aparentemente natural à uma manifestação do bicho homem de que King sempre gostara de se ocupar, o faz com raro talento e louvável sutileza. Junto com Darabont, Stephen King adapta “The Mist” (1980), novela em que funde horror e ficção científica como só ele mesmo consegue nos nossos dias, de modo a enaltecer a vocação filosófica de seus livros, que nunca se furtam a meter o dedo em chagas que não podem sarar.

Indicado a 3 Globos de Ouro, filme que fez Johnny Depp e Angelina Jolie se odiarem está no Prime Video Divulgação / Columbia Pictures

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Florian Henckel von Donnersmarck demonstra um entendimento muito particular dos gozos, refinados e vulgares, e em “O Turista” faz com que o destino de duas almas livres e desconexas entre si achem-se uma à outra, com consequências inesperadas, em que o perigo assoma sem se fazer notar. A adaptação de Von Donnersmarck para “Anthony Zimmer – A Caçada” (2005), de Jérôme Salle — por seu turno inspirado num clássico do suspense —, destaca o absurdo das situações dispostas como episódios de uma série curta, conferindo aos protagonistas o frescor do improviso.

O filme que foi aplaudido de pé, ganhou o Oscar e consagrou Kate Winslet está na Netflix Divulgação / The Weinstein Pictures

O filme que foi aplaudido de pé, ganhou o Oscar e consagrou Kate Winslet está na Netflix

Retrato dos choques do corpo com a alma, da necessidade com a honra, “O Leitor” é, grosso modo, um tratado epistemológico sobre a importância das escolhas, que, não raro, tornam-se maldições a pairar sem trégua acima de espíritos frágeis. A direção segura de Stephen Daldry transforma as páginas do romance homônimo do alemão Bernhard Schlink, publicado em 1995, num drama de guerra manifestamente ambíguo, onde quase nada é o que parece e não é prudente classificar ninguém como inocente ou culpado de pronto.

Filme do mesmo diretor de Peaky Blinders acaba de estrear na Netflix e vale cada segundo do seu tempo

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Toda vez que um filme como “Caminho da Sobrevivência” ganha o mundo, é impossível não pensar sobre a extensão das maldades perpetradas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O belga Tim Mielants mostra que as tropas de Hitler sempre conseguiam descer um pouco mais na escala de barbárie que impunham aos judeus durante a ocupação da Bélgica, enredo um tanto misterioso, desvelada com vagar em cenas de incômodo realismo.