Quem é o dono do português?

Quem é o dono do português?

Ele achou que esse argumento era definitivo, se achava dono da língua e então eu é que fiquei irritado, com vontade de pedir para ele devolver o nosso ouro, como fazem os brasileiros nessas ocasiões, ou dizer que nós, brasileiros, somos mais de 200 milhões e eles, portugueses, apenas 10 milhões; portanto, nós já tomamos a língua, que agora é nossa.

Novo filme de Wes Anderson estreia no Prime Video — tão peculiar que você não vai conseguir parar de assistir Divulgação / Focus Features

Novo filme de Wes Anderson estreia no Prime Video — tão peculiar que você não vai conseguir parar de assistir

Em “O Esquema Fenício”, Wes Anderson leva sua estética geométrica a uma farsa de espionagem que também funciona como drama familiar, ambientada numa Phoenicia fictícia dos anos 1950. Benicio Del Toro interpreta o magnata Zsa-Zsa Korda, obcecado por um megaprojeto de infraestrutura e pela filha freira, vivida por Mia Threapleton. Com Michael Cera em um papel coadjuvante deliberadamente absurdo, o filme mistura ação, comédia e melancolia sob pressão política internacional. Apresentado em Cannes 2025, chega aos cinemas dividido entre encanto e cansaço.

Mega-Sena: 6 números “ideais” para apostar, definidos a partir de dados reais de 2.880 sorteios

Mega-Sena: 6 números “ideais” para apostar, definidos a partir de dados reais de 2.880 sorteios

Criada em 1996 e hoje principal loteria do país, a Mega-Sena movimenta bilhões em apostas e uma vasta cultura de crenças numéricas. Com base em mais de 2.880 concursos até novembro de 2025, um levantamento identificou as 15 dezenas mais sorteadas, lideradas pelo número 10. A estatística mostra padrões, mas não altera a probabilidade dos sorteios; ainda assim, sustenta estratégias, combinações “ideais” e escolhas de jogadores que buscam método diante do acaso, na Mega da Virada, quando o interesse cresce.

A vida imita a arte. Eu imito Ernest Hemingway

A vida imita a arte. Eu imito Ernest Hemingway

Fazia uma fresca manhã de outono. Estacionaram os idosos em cadeiras de rodas para o tradicional banho de sol. Fazia bem para os ossos. E para o ócio. Mais ignorantes do que a média feminina, os homens quase sempre morriam primeiro. De tal sorte que havia muito mais velhas do que velhos naquele abrigo. Alheios ao mulherio, dois internos conversavam, sob algum grau de incompreensão mútua, tendo em vista que ambos estavam praticamente surdos como uma porta.

De uma aldeia na Ucrânia ao quarto de pensão no Rio: ela enterrou a mãe, criou um filho doente e mudou a literatura brasileira Acervo / IMS

De uma aldeia na Ucrânia ao quarto de pensão no Rio: ela enterrou a mãe, criou um filho doente e mudou a literatura brasileira

A luz do estúdio é reta, quase clínica. A câmera avança até encontrar uma mulher de rosto exausto, cabelos presos sem rigor, cigarro entre dedos que tremem de leve. Ela responde devagar, o olhar se desvia por um segundo para fora do quadro, como se algo atrás da lente a chamasse. A voz é baixa, áspera, arrasta vogais, esconde o riso. Fala de infância, de escrita, do desconforto de estar ali.