“Black Mirror”, criada por Charlie Brooker, é carro-chefe da programação da Netflix e desde 2011 provoca diversas polêmicas e discussões em torno de seus episódios. A série antológica tem seis temporadas que possuem de três a seis episódios, no máximo, deixando os fãs ainda mais ansiosos e cheios de expectativas. Nenhum episódio é continuação de outro e eles abordam diferentes temas de diversos diretores. No entanto, a premissa básica do show é explorar as consequências e impactos da tecnologia a curto e longo prazo para o mundo e a humanidade. Eles podem ter humor, drama, suspense, ficção-científica, mas, sem dúvidas, todos alimentam muitas das nossas paranoias em relação à atualidade e ao futuro. Se você ainda não assistiu à esta série, confira os melhores episódios que você não pode perder antes de começar a 6ª temporada, que acaba de chegar na Netflix. Os episódios foram escolhidos com base nas avaliações do Rotten Tomatoes.
Antes do Natal, o primeiro-ministro britânico, Michael Callow, é acordado por um vídeo perturbador. Nele mostra que a princesa Susannah foi sequestrada e será assassinada a menos que ele apareça na televisão fazendo sexo com um porco. Um esforço para rastrear o sequestrador se torna vão e Michael descarta a sugestão de seus auxiliares de que uma estrela pornô faça a bestialidade com seu rosto sobreposto digitalmente. A mídia e a internet entram em polvorosa quando o primeiro-ministro é forçado a cumprir seu dever em uma sala privada com apenas ele, seu cinegrafista e um porco.
Em um futuro distópico, Bing e milhares de outras pessoas devem andar de bicicleta ergométrica durante horas do dia para ganhar créditos que podem ser usados para comprar itens básicos de sobrevivência, bem como participar do “Hot Shot”, um show de talentos que transforma as pessoas em celebridades da internet. As pessoas das bicicletas ergométricas passam o que resta de seu dia em um cubículo, assistindo programas de televisão degradantes, reality shows e pornografia. Quando Bing conhece Abi, uma cantora talentosa, ele acredita que ela pode vencer o “Hot Shot” e subir para um nível de vida melhor. Após muitos esforços e quando finalmente Abi consegue participar do programa, ela é execrada pelos jurados e forçada a escolher entrar iniciar uma carreira na pornografia ou voltar para as bicicletas ergométricas.
Durante o dia, Robert Daly é um ás da programação, um homem educado que cofundou o jogo multiplayer “Infinity”, que virou um sucesso. O jogo é uma realidade simulada por interfaces neurais. Após ser humilhado por seu sócio e depois de ouvir conversas em que funcionários o ridicularizavam, Daly rouba DNA das pessoas e implanta em seu jogo, fazendo todos acordarem a bordo da nave do “Infinity”, onde Daly usará sua interface para externalizar toda sua raiva do mundo real.
Lacie é uma mulher desesperada para ser popular nas redes sociais. A razão disso é porque as curtidas e interações em suas postagens marcam uma espécie de score, que a avalizam tanto para alugar ou comprar uma nova casa quanto para conseguir um noivo. Além disso, alimenta sua disputa de influência com sua melhor amiga de infância.
Martha fica arrasada quando seu companheiro Ash morre em um acidente no dia em que planejavam morar juntos. No funeral, uma amiga de Martha comenta sobre um novo serviço que permite que as pessoas se comuniquem com seus entes queridos falecidos por meio de inteligência artificial. Martha não dá moral e decide se isolar em uma cabana. Um dia, ela recebe uma mensagem de Ash e descobre que sua irmã, Sarah, a inscreveu no serviço. Embora descontente, ela decide se comunicar mais com seu falecido namorado, especialmente depois que descobre que está grávida dele. Conforme Martha se torna mais confiante em relação à essa inteligência artificial, ela descobre que o serviço evoluiu e pode enviar uma réplica sintética da pessoa que morreu.
Um romance entre duas mulheres de personalidades antagônicas, Yorkie e Kelly, sobrevive a décadas, modas de roupas e boates, encontros e desencontros. Até que o universo em que elas vivem, San Junipero, se revela uma realidade simulada que carrega consciências de pessoas falecidas que podem viver lá dentro eternamente, moribundos e idosos que habitam em seus corpos jovens. No mundo físico e real, Kelly é uma idosa que visita Yorkie, uma jovem que ficou totalmente paralisada aos 21 anos, depois de um acidente de carro.
Amy e Frank se conhecem em um shopping chamado Hub, instruídos por um aplicativo de relacionamentos em um tablet circular. A Assistente, como é chamada, determina os pares românticos das pessoas e revela quanto tempo os relacionamentos entre eles irá durar. O primeiro encontro entre Amy e Frank dura apenas algumas horas. Depois, eles são instruídos a iniciar novos relacionamentos com prazos de validade e sem emoção. Após algumas relações fracassadas, Amy e Frank se reencontram e prometem um ao outro não olhar qual será a duração de seu relacionamento. Um dia, obcecado, Frank verifica a validade na Assistente. A data inicialmente definida como cinco anos é recalibrada para um período que encurta cada vez mais, na medida em que Frank verifica que não cumpriu sua parte no acordo com Amy.