10 psicopatas memoráveis da história do cinema

10 psicopatas memoráveis da história do cinema

Cada homem é um mundo, e dentro desse mundo, há ainda outros tantos, impossíveis de se contar. A alma humana esconde segredos, muitos inconfessáveis até para nós mesmos, dada a sua pujante natureza hedionda. Conforme passam os anos e temos nossas experiências mais íntimas, adquirimos a capacidade de entender um pouco a vida. Nem sempre reagimos às diversas situações que nos são impostas pelas circunstâncias da melhor maneira: ou aflora em nós um ímpeto de violência ou engolimos em seco, permanecemos calados por anos a fio, remoendo velhas mágoas e lembranças o seu tanto ácidas sobre determinados eventos. As coisas não ditas apodrecem em nós, eivando o espírito com uma espuma de maligno, que se alastra, que se aprofunda, que toma conta da alma, dos pensamentos, da cabeça e terminam por extravasar. A alma, da mesma forma que o corpo, quando doente exige assistência médica, e se não a recebe, só se pode esperar o pior. O diagnóstico de doença mental é definido baseando-se na escala de Robert Hare, em que o médico avalia o paciente de 0 a 2, conforme as características de seu comportamento frente às mais diversas hipóteses. O valor obtido no teste é o que vai dizer se alguém é de fato um psicopata, em que medida e qual o tratamento mais adequado para o caso. Psicopatas nem sempre são agressivos. A personalidade típica do indivíduo com esse transtorno mental é mais voltada para o esmero quanto à capacidade de manipulação, além do psicopata ser patologicamente egocêntrico e incapaz de colocar-se no lugar do outro. Se na vida psicopatas são fonte de todo tipo de perigo — e, o pior, de modo silencioso —, no cinema, quanto mais psicopatas, melhor. O Brasil está cheio de maníacos das mais impensáveis categorias, na política, inclusive, mas dirigindo o olhar para o norte, vemos quão peculiares são as características de um psicopata americano no filme de Mary Harron, lançado em 2000 exatamente com esse nome, na figura de Patrick Bateman. Já Anton Chigurh é decerto um dos mais sanguinários e gélidos lunáticos da história do cinema, trazido à luz pelas mãos de Ethan e Joel Coen em “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2006). Na nossa capivara, digo, lista, eles aparecem segundo o ano de lançamento dos filmes que protagonizam, do mais recente para o antigo. Aprecie-os sem moderação, guardando o pé de pato, o dente de coelho, o alho e o ramo de arruda para os facínoras deste nosso mundo aquém-câmera.