10 filmes que justificam cancelar a assinatura do Globoplay e do Amazon Prime Video e assinar a Netflix Foto: Divulgação / Prime Video

10 filmes que justificam cancelar a assinatura do Globoplay e do Amazon Prime Video e assinar a Netflix

Adam Smith (1723-1790), filósofo e economista escocês, viveu entre o começo e o fim dos Setecentos. Época de revoluções lapidares nas artes, na ciência e na economia, o feérico Século das Luzes mostrou ao mundo o gênio de Smith, responsável por elaborar uma das teorias mais completas acerca do liberalismo econômico, doutrina que, por sua vez, serviu de base para a fundamentação do capitalismo moderno. Avesso a maiores interferências do Estado na condução da economia, o liberalismo prega também que os indivíduos — e, por extensão, os consumidores — são livres para escolher que empresas desejam solicitar, e o consumidor opta, por óbvio, por aquelas que lhe proporcionam um produto ou atividade laboral mais bem-acabada, sem comprometer o bolso. Na busca por prestar melhores serviços, as empresas se autorregulam e se aprimoram, uma espécie de darwinismo vertido para o contexto mercantil. A concorrência é imprescindível para a manutenção das próprias corporações, tenham a dimensão que tiverem. No caso das grandes — e, em especial, das muito grandes —, a discussão assume a aura de uma verdadeira guerra de titãs, com cabeças rolando para todos os lados. Com o aperfeiçoamento da tecnologia, as empresas de comunicação mais experimentes, a exemplo da Rede Globo de Televisão, tiveram de se reinventar. O desinteresse crescente do público por assistir tevê — pelo menos da forma como vinha fazendo nos últimos cinquenta anos — acendeu a luz amarela. A Globo criou o Globoplay, plataforma de vídeos, filmes e programas da emissora disponíveis em streaming, mas antes dela já havia a Amazon Prime Video e, antes ainda, a Netflix, no ramo do cinema há 24 anos. A programação da veterana tem sido uma referência quanto a apresentar conteúdo plural, de grande importância artística e primando pela qualidade técnica. A lista da Bula de hoje vai comprovar isso na prática. Aqui, dez filmes na Netflix que, ao menos por hora, estão fazendo as outras duas comerem poeira. “O Cidadão Ilustre” (2016), dos argentinos Gastón Duprat e Mariano Cohn, reúne os três quesitos citados neste texto: uma produção out of Hollywood, de muita, muita relevância para a arte e sem um defeitinho técnico sequer. Além dela, “O Menino que Lia Cartas” (2019), do sul-africano Sibusiso Khuzwayo, da mesma forma, e mais oito, quatro americanos, dois sul-coreanos, um neozelandês e mais um argentino, dispostos do mais novo para o mais antigo. Se você ainda não é assinante da Netflix, vai na nossa: o retorno é garantido.