Ranking: os 15 maiores campeões do futebol brasileiro de todos os tempos

Ranking: os 15 maiores campeões do futebol brasileiro de todos os tempos

A atribuição de pontos para cada torneio leva em conta a sua importância, independentemente da época em disputa. A Taça Brasil, por exemplo, foi o primeiro torneio nacional, idealizado para substituir o Campeonato Brasileiro de Seleções, e sua fórmula foi pensada para premiar o vencedor com o acesso à Taça Libertadores da América. Assim como a Taça de Prata, não pode ser desprezada como campeonato nacional — sobretudo se compararmos sua história com a dos campeonatos nacionais pelo mundo. Embriões da atual fórmula do Brasileirão, assemelham-se à associação que se pode fazer entre o Mundial Interclubes pré-2005 e o Mundial de Clubes da FIFA com o formato atual, que é mais democrático e conta com representantes de todos os continentes — ou mesmo ao Mundial da FIFA de 2000.

É fundamental lembrar que a Copa do Mundo também passou por evoluções, com a inclusão paulatina de países de todos os continentes. A primeira Copa do Mundo, por exemplo, foi disputada apenas entre seleções da América e da Europa. Nem por isso se nega o título de primeiro campeão mundial do Uruguai, conquista ocorrida em 1930.

O rebaixamento é um fator aqui considerado como demérito do clube, que sai da elite do futebol nacional para a disputa, com times de menor expressão, de um campeonato cujo objetivo único é o retorno à série principal. Por essa razão, atribuiu-se uma numeração negativa a cada rebaixamento. Para este ranking, as quedas do Bahia e do Fluminense para a série C não foram ignoradas, por uma questão de coerência. Apesar de o clube carioca ter caído também em 1996 e em 2013, houve virada de mesa e não há como computar tais quedas.

Os estaduais foram todos uniformizados nos pontos porque não há como atribuir uma maior pontuação para um campeonato em detrimento de outro sem levar em conta o momento avaliado. Em 2015, por exemplo, havia quatro clubes de Santa Catarina na série A do Campeonato Brasileiro, mas somente três clubes cariocas: Fluminense, Vasco e Flamengo. Seria possível, nessa situação, imaginar que o Catarinense daquele ano havia sido disputado em um nível superior ao Carioca, o que não foi o caso. Para evitar esse tipo de comparação, optou-se pela mesma pontuação para cada campeonato estadual.

Como o objetivo é definir os melhores clubes da história do futebol nacional, o critério de torcida ou de estrutura não é levado em conta. Entende-se que a grandeza de um clube não pode ser medida necessariamente pelo número de torcedores, até porque é comum, em determinados lugares, haver torcedores dos times locais que também torcem por outros clubes — os famosos mistos. Sobre a estrutura, é importante observar que se um clube do tamanho do Corinthians não possuía estádio próprio até pouco tempo atrás, e o Flamengo não tem o seu até hoje, esse não seria um critério legítimo de avaliação.

A constância, por sua vez, é um critério valorizável. Por essa razão, a quantidade de finais importantes disputadas por um clube, ou mesmo o vice-campeonato nos torneios de pontos corridos — desde que não provenientes de um torneio entre apenas dois clubes —, foram ressaltados aqui.

Não serão computados torneios amistosos, por mais que sua disputa seja contra grandes da Europa, como é o caso do Troféu Ramón de Carranza, o Teresa Herrera, a Copa Suruga ou a Pequena Taça do Mundo da Venezuela. Além disso, a conquista da série B é desconsiderada como nacional para este ranking, tendo em vista que, a despeito de ser um torneio entre clubes nacionais, serve apenas como acesso à série A. Contudo, a ela foi atribuída uma pontuação específica, justamente por não deixar de ser uma disputa entre clubes brasileiros.

Naturalmente, este ranking leva em conta, para o objetivo de definir o melhor clube nacional na história, o quanto ele foi vitorioso ao longo do tempo. Fatores como a quantidade de torcedores no estádio ou sua história como representante nacional em outros países também não serão levados em conta para esse fim.

Sobre o polêmico ano de 1987, é sabido que a disputa saiu do âmbito desportivo e foi parar no Supremo Tribunal Federal. O Sport Recife foi judicialmente declarado o campeão daquele ano, tendo em vista que o Internacional e o Flamengo se recusaram a disputar o quadrangular final entre os finalistas dos módulos Verde, que era a Copa União do Clube dos 13, e Amarelo. Em razão da decisão judicial, não há como confrontar o título nacional do clube pernambucano naquele ano. Contudo, o Flamengo foi vencedor do Módulo Verde, um torneio nacional que foi acompanhado como o Brasileirão de fato, contando com 16 clubes da elite do futebol nacional. Assim, além da atribuição do ponto pelo Brasileirão oficial do Sport, nada mais justo do que conferir uma pontuação ao Flamengo equivalente à Taça Brasil. Seguindo essas premissas, vamos aos critérios valorativos escolhidos.

Critérios