35 microcontos brasileiros

35 microcontos brasileiros

Desafiamos escritores, jornalistas, roteiristas e leitores a escreverem um microconto com até 280 caracteres (o tamanho de um tweet), excetuando título, e com temática livre. Embora não seja reconhecida como um gênero literário — sendo associada às tendências de vanguarda e ao minimalismo —, a micronarrativa ganhou um considerável número de adeptos nas duas últimas décadas. A partir do início dos anos 1990, estudos e antologias começaram a abordar o tema, resultando em centenas de publicações em todo o mundo.

Embora a popularidade das micronarrativas tenha aumentado nos últimos 30 anos, nomes expressivos da literatura mundial, como Tolstói, Jorge Luis Borges, Bioy Casares, Julio Cortázar e Ernest Hemingway já incursionaram pelo tema. O escritor guatemalteco Augusto Monterroso, que morreu em 2003, é tido como um dos fundadores do “gênero” com a micronarrativa “O Dinossauro”, escrito com apenas 37 letras e considerado, à época, o menor da literatura mundial: “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá”. O norte-americano Ernest Hemingway é tido como autor de outro famoso texto, com apenas 26 caracteres: “Vende-se: sapatinhos de bebê, nunca usados”, embora alguns estudiosos da obra de Hemingway contestem a autoria. No Brasil, o pioneiro foi o escritor Dalton Trevisan, com o livro “Ah, É?”, de 1994. Os microcontos em estão dispostos em ordem cronológica de recebimento.