30 livros que são diamantes para o cérebro e ideais pra presentear

30 livros que são diamantes para o cérebro e ideais pra presentear

Listas agradam e desagradam. Porque são limitadoras. Por isso os leitores fazem suas próprias listas dos livros que apreciam. Na relação a seguir, como não mencionar a edição de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” da Editora Carambaia, “A Montanha Mágica” (ou “O Eleito”), de Thomas Mann, os contos (e romances) de Clarice Lispector, a poesia de João Cabral de Melo Neto, a poesia de Carlos Drummond de Andrade, os fabulosos romances do escritor espanhol Javier Marías, a obra de António Lobo Antunes, a poesia extraordinária do bardo português Herberto Helder, a prosa (e a crítica) precisa de Alaor Barbosa, as análises percucientes de Manuel Castells, a poesia de Ronaldo Costa Fernandes, a prosa quiçá machadiana de Milton Hatoum, a literatura de Bernardo Carvalho, a poesia de Angélica Freitas, a poesia de Adalberto de Queiroz, a poesia de Gilberto Mendonça Teles, a poesia de Heleno Godoy, a poesia de Afonso Felix de Sousa, a prosa de Antônio José de Moura, a prosa inovadora de Wesley Peres, os ensaios de Tony Judt, a crítica de Roberto Schwarz, a crítica de Alfredo Bosi, a prosa de Agustina Bessa-Luís, algum livro de Robert Musil, a crítica de João Cezar de Castro Rocha, a literatura (e as traduções) de José Francisco Botelho, a crítica (e as biografias) de Adelto Gonçalves, a filosofia polêmica de Theodore Dalrymple (quem não sai das redes sociais deveria ler, com urgência, “Em Defesa do Preconceito — A Necessidade de Ter Ideias Preconcebidas”), a literatura e a crítica de Ricardo Piglia, a prosa de Juan Carlos Onetti, a filosofia de Roger Scruton (os conservadores e os não-conservadores deveriam ler sua obra com atenção)? Bem, paremos por aqui. Senão a lista se tornará uma enciclopédia.

Na elaboração da lista, priorizei livros publicados no Brasil. Só dois foram lançados em Portugal, mas podem ser encontrados em algumas livrarias brasileiras. Livrarias, por sinal, que passam por uma crise devastadora. A torcida é para que as livrarias Cultura (dívida de quase 300 milhões de reais) e Saraiva (dívida de quase 700 milhões de reais) se recuperem, mas não será nada fácil. Oxalá a recuperação judicial não seja a porta aberta — até escancarada — para a falência.

Ilustração: Kenton Nelson