Os 5 melhores filmes de 2025 (até agora) Marina Vancini / Netflix

Os 5 melhores filmes de 2025 (até agora)

Quando amamos, saímos de nós mesmos. Amar é o que faz todo sacrifício valer a pena, todo sofrimento parecer evolução e a mínima chance de gozo transformar-se em plenitude. Qualquer um já teve a impressão de que em todo o universo não havia espaço para suas ideias ou, por que não?, para seus devaneios, porque viu tudo ocupado por quem pode mais. Nesta lista figuram cinco produções que reafirmam a essência filosófica do cinema ao remexer emoções. São filmes que chegaram à praça no decorrer deste já claudicante 2025, e assim, como se não quisessem nada, agem com tal potência criativa que ninguém fica-lhes indiferente.

Romance com Hilary Swank que fez mais de 30 milhões de espectadores caírem aos prantos nos cinemas está na Netflix Divulgação / Warner Bros.

Romance com Hilary Swank que fez mais de 30 milhões de espectadores caírem aos prantos nos cinemas está na Netflix

Há filmes que não pretendem reinventar o romance, mas ressignificá-lo sob o peso da perda, e é justamente nesse território frágil entre o amor e o luto que “P.S. Eu Te Amo” encontra sua força. Sob a direção de Richard LaGravenese, o filme parte de uma premissa simples, quase ingênua, para investigar algo que raramente o cinema trata sem ironia ou excesso de sentimentalismo: o que permanece de um amor quando a presença física desaparece.

A história de amor que não apenas emociona, mas representa resistência contra injustiças — na Netflix Divulgação / Annapurna Pictures

A história de amor que não apenas emociona, mas representa resistência contra injustiças — na Netflix

Poucos diretores contemporâneos dominam a arte da delicadeza como Barry Jenkins. Em “Se a Rua Beale Falasse”, o cineasta transforma uma história de amor interrompida em um gesto de resistência, convertendo o íntimo em político e o cotidiano em poesia. Não há pressa em sua narrativa, há respiro, contemplação e uma ternura que parece desafiar o tempo. Jenkins não se interessa por grandes gestos ou discursos inflamados: seu cinema é um murmúrio persistente, uma tentativa de encontrar beleza mesmo naquilo que o mundo insiste em corromper.

84 minutos de gargalhadas ininterruptas: filme da Netflix vai te fazer rir sem culpa até a última cena Divulgação / Paramount Pictures

84 minutos de gargalhadas ininterruptas: filme da Netflix vai te fazer rir sem culpa até a última cena

Lançado no fim dos anos 1980, o longa burlesco que catapultou um detetive desastrado desmonta rituais de poder com humor físico, trocadilhos e impassibilidade calculada. A combinação entre um protagonista inabalável, ritmo constante de piadas e direção que privilegia a clareza visual sustenta o riso sem exigir referências externas. O título permanece atual por esconder achados nos cantos do quadro, manter a trama simples e mirar a pompa institucional com ironia direta e popular.

Assista agora e emocione-se profundamente. No Prime Video Divulgação / Lionsgate

Assista agora e emocione-se profundamente. No Prime Video

Uma infância pesada, doída, de solidão sem paz e silêncios que gritam, é a substância com que Ferit Karahan compõe “O Protetor do Irmão”, um filme sobre assuntos que continuam atuais. A câmera invasiva do diretor persegue Yusuf e Mehmet, o Memo, dois estudantes curdos num internato da Anatólia, a porção asiática da Turquia, esgravatando suas vidas miseráveis com o propósito de nos convencer de alguma coisa. Ao longo de hora e meia, Karahan e a corroteirista Gülistan Acet, sua esposa, frisam o isolamento desses meninos, cercados por montanhas de neve e uma inexpugnável negligência.