Sequestro em Munique ganha um thriller tão claustrofóbico que fica difícil até piscar, na Netflix Divulgação / Constantin Film

Sequestro em Munique ganha um thriller tão claustrofóbico que fica difícil até piscar, na Netflix

“Setembro 5“ constrói seu argumento ao optar por um recorte espacial rigoroso: a crise no complexo olímpico de Munique só existe para o espectador porque Roone Arledge, interpretado por Peter Sarsgaard, Geoffrey Mason, vivido por John Magaro, Marvin Bader, papel de Ben Chaplin, e a tradutora Marianne Gebhardt, interpretada por Leonie Benesch, tentam compreender em tempo real uma sucessão de informações fragmentadas.

Entrou hoje na Netflix: a sequência de terror que mistura diversão e pavor e é muito mais assustadora que a primeira parte Divulgação / Warner Bros. Entertainment

Entrou hoje na Netflix: a sequência de terror que mistura diversão e pavor e é muito mais assustadora que a primeira parte

Crianças orbitam num campo de emoções selvagens, a oscilar entre euforia, brandura e medo, numa fome inconsciente de poder captar o mundo que as rodeia. Houve um tempo em que Stephen King era fascinado por esses seres humanos em pleno despertar para a existência. Os sete amigos aterrorizados por Pennywise, um palhaço aparentemente inofensivo — ainda que grotesco, como palhaços em geral são —, agradaram de tal forma que deram origem a uma das mais bem-sucedidas sequências de produções cinematográficas, o que se comprova em “It: Capítulo Dois”. O resto é história.

Dentro da cabeça de Patti Smith: 10 livros que sustentam a artista por trás do mito

Dentro da cabeça de Patti Smith: 10 livros que sustentam a artista por trás do mito

Mais conhecida como ícone do punk, Patti Smith sempre se apresentou primeiro como leitora. Ao falar da própria trajetória, volta o tempo todo aos livros que a acompanharam desde a adolescência, descreve edições gastas, exemplares perdidos em viagens, páginas sublinhadas à mão. Desse hábito de registrar o que lê se desenha um grupo de obras que reaparecem com insistência ao longo de décadas, dez títulos decisivos para entender de onde vem o timbre particular da sua voz.

Drama de Noah Baumbach com George Clooney provoca riso, incômodo e uma estranha ternura — na Netflix Divulgação / Pascal Pictures

Drama de Noah Baumbach com George Clooney provoca riso, incômodo e uma estranha ternura — na Netflix

A tensão que move “Jay Kelly” se afirma já nos primeiros minutos, quando George Clooney, no papel do ator que dá título ao filme, atravessa um tributo elaborado para celebrá-lo e revela uma instabilidade que não nasce do estrelato, mas da precariedade emocional que ele mesmo construiu. Noah Baumbach estrutura o longa como um percurso de desmonte: Jay é alguém que viveu tempo demais interpretando uma versão vendável de si, a ponto de já não reconhecer a própria biografia.

Filme de Wes Anderson com Benicio Del Toro deixa o público dividido entre encanto e exaustão estilística, no Prime Video Divulgação / Focus Features

Filme de Wes Anderson com Benicio Del Toro deixa o público dividido entre encanto e exaustão estilística, no Prime Video

“O Esquema Fenício“ parece nascer de uma inquietação antiga de Wes Anderson: a fantasia de que o caos do mundo real pode ser reduzido a um conjunto ornamental de cores precisas e gestos cronometrados. A história gira em torno de Zsa Zsa Korda, interpretado por Benicio Del Toro, um magnata excêntrico que confunde ambição com destino pessoal e decide reconfigurar a infraestrutura de uma nação inteira como se estivesse reorganizando prateleiras de uma loja de antiguidades.