Los Angeles sempre foi uma cidade misteriosa. O desejo, ardendo na alma do homem desde o princípio dos tempos, vaga pelo ar quente dessa terra mais maldita que santa, levando os homens a cometer toda sorte de desatinos. Apresentando um caso inverossímil, assumidamente plantado no terreno da fantasia, mas nem por isso menos perturbador, “Meridian” vibra nesse diapasão.
A vida não é feita só de alegrias. Na verdade, há muito mais dramas, mas a forma como encaramos as dificuldades também define se a jornada será prazerosa ou difícil. Em “Já Sinto Saudades”, comédia dramática da crepuscular Catherine Hardwick, lançada em 2015, acompanhamos a travessia de duas amigas de infância que se veem diante de um desafio: encarar a montanha-russa de emoções que chega com um câncer terminal.
“A Prima Sofia” (2019), dirigida por Rebecca Zlotowski, é um filme que explora a complexidade das relações humanas através do contraste entre duas primas. Sofia, interpretada por Zahia Dehar, personifica a juventude despreocupada e sensual, enquanto Naïma, vivida por Mina Farid, representa uma vida mais contida e reflexiva. Ambientado nas deslumbrantes paisagens da costa francesa, o filme oferece um olhar profundo sobre identidade, escolhas e a busca pela autenticidade.
“Palavras nas Paredes do Banheiro” é um drama envolvente que narra a trajetória de Adam Petrazelli, um adolescente enfrentando os desafios da esquizofrenia. Enquanto tenta manter um semblante de normalidade, Adam descobre um talento inesperado na culinária, que lhe proporciona um refúgio de suas alucinações. O filme, dirigido por Thor Freudenthal e baseado no romance de Julia Walton, explora temas de superação, apoio comunitário e a complexidade das relações familiares e amorosas.
Certos filmes possuem a capacidade quase mágica de entrelaçar narrativas profundamente pessoais com verdades universais, mantendo um tom lírico. Jean-Jacques Annaud, em “Sete Anos no Tibet”, vai além das típicas aventuras e histórias de redenção. Evitando glorificar falsos heróis, o filme se destaca ao retratar a realidade em seus momentos mais intensos e as reviravoltas imprevisíveis do destino.
