Thriller brasileiro que chocou o mundo na Netflix é um retrato brutal do poder
Há algo de profundamente incômodo em “Tropa de Elite”. Não apenas pela violência, que é física, explícita, mas porque ela se revela como um espelho ético diante do qual o espectador é forçado a se reconhecer. O filme não oferece a distância confortável do entretenimento. Ele expõe, sem anestesia, a engrenagem social que transforma o policial em carrasco e o morador da favela em alvo, enquanto o cidadão de classe média, protegido por muros e conveniências, mantém as mãos limpas, ou acredita manter.






