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A arte, ao contrário do jornalismo, não precisa ser imparcial ou indiferente. Aliás, a arte nunca foi indiferente. Mas é importante que novos roteiristas e diretores usem seu poder de fala para expressar o que é silenciado entre as minorias. Em “Queen & Slim”, filme que surgiu na época do movimento “Vidas Negras Importam”, em 2020, traz um romance envolvente, mas que é apenas pano de fundo para algo maior: a história da truculência policial, do racismo e sistema branco persecutório americano.

Martin Scorsese fala como poucos sobre as qualidades menos honrosas do gênero humano, tanto mais se envoltas nas grossas brumas que ocultam o que parece óbvio. Tomando por base o romance homônimo de Dennis Lehane, publicado em 2003, em “Ilha do Medo” (2010), o diretor mistura drama e suspense num filme dos mais arrebatadores que o cinema já produziu, surpreendente por seu enredo e cativante pela estética que o coroa.

Nada como um bom filme novo para deixar nosso final de semana menos entediante e mais divertido. Se você não pretende fazer nada de muito importante no seu sábado e domingo, poderá, quem sabe, maratonar as produções dessa lista. Mas, se não tiver tanto tempo livre assim, confira algumas sinopses e escolha o que mais te interessa de novo na Netflix e vá em frente!

Os fanáticos — ou “o” fanático — do filme de Fred Durst, estão muitas vezes, como a história os vai revelando, longe de agremiações, partidos, clubes e patotas: são os lobos solitários de cidades hostis, os exércitos de um único soldado que perseguem a encarnação de seus desejos secretos, mortos por inanição diante da necessidade de se ganhar a vida.

É impossível denunciar tudo quanto pode haver de opróbrio nas práticas racistas que continuam a ganhar corpo aonde quer que se vá, mas Deon Taylor faz sua parte. “Cores da Justiça” (2019) é um relato aparentemente banal acerca das situações eivadas de absurdo que o preconceito racial — que vai aos poucos se amalgamando a um detalhe ainda mais pontual — encerra.