Poucos em Hollywood conhecem Shakespeare como Kenneth Branagh. O intérprete e cineasta, um norte-irlandês radicado na Inglaterra, vale-se de sua origem próxima e da provável semelhança física para em “A Pura Verdade” assenhorear-se do espírito buliçoso do Bardo de Stratford-upon-Avon no propósito de levar às derradeiras instâncias a grande fortuna que há em conhecê-lo.
Com atualizações semanais, o catálogo da Netflix enriquece-se constantemente com uma mistura de novas produções originais e clássicos inesquecíveis do cinema. Diante dessa vastidão de conteúdo, selecionar o próximo filme para assistir pode se tornar uma tarefa árdua. Para facilitar sua jornada por este oceano de escolhas, a Revista Bula elaborou uma lista criteriosa com os cinco filmes mais notáveis do momento, disponíveis na plataforma.
Uma produção francesa angustiante e comovente, “O Destino de Haffmann” é um thriller de guerra, que se passa em 1941, durante a ocupação alemã na França. Haffmann é um joalheiro judeu bem-sucedido, que envia sua família para um lugar seguro, enquanto negocia com seu assistente, Mercier, para que tome conta dos seus negócios, enquanto passa um tempo fora do radar dos nazistas. Acompanhamos a degradação do caráter de Mercier, à medida em que os lucros da joalheria e o talento de seu patrão ameaçam sua ambição.
“Operação Fronteira” dispõe de cinco anti-heróis que atropelam princípios na intenção de pôr suas famílias ao abrigo de qualquer necessidade, o que termina por conduzi-los a situações, essas, sim, aviltantes. Em meio a tramas plenas de reviravoltas que se desenrolam em ambientes conflagrados, com personagens ou fomentando discussões, brigas e trocas de tiro ou tentando a todo custo se livrar delas, J.C. Chandor saca perspectivas inesperadas para um tema aparentemente arcaico e sem margem para maiores apreciações.
Na busca por uma vida melhor, um piloto deixa seu país. Nada de extraordinário nisso, todos que têm a chance, o fazem. No entanto, é preciso calcular cuidadosamente cada passo quando se vive em uma ilha socialista a menos de oitenta milhas dos Estados Unidos, repleta de agentes duplos fiéis ao ditador do país. O trabalho do francês Olivier Assayas utiliza uma história real para mergulhar na ação, enquanto formula críticas com ternura.
