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Tipos como o personagem central de “Um Homem de Sorte” fazem da pobreza, cujo opróbrio só ele mesmo conhece, o combustível para dobrar a vida a seu talante, malgrado nunca torne-se tão próspero quanto pensa merecer. Num drama ácido, corrosivo, e que escandaliza por também ser belo, o dinamarquês Bille August apresenta ao público a alma torturada que protagoniza seu filme.

A infância é um tempo especialmente bom para se falar das mudanças que se nos vão anunciar ao longo da vida, e em “Conta Comigo”, Rob Reiner dispõe de uma boa medida delas a fim de levar o espectador por um passeio ora sereno, ora atribulado aos meandros das primeiras experiências de quatro meninos, o que nunca descamba para o simplório e muitas vezes acaba refutando também o belo e mesmo o lúdico.

Comediante de stand-up, Kheiron estreou no cinema em 2015 com “Nós ou Nada em Paris”, filme que lhe rendeu uma indicação ao César, um dos mais importantes prêmios do cinema mundial. Em “Sementes Podres”, produção da Netflix de 2018, Kheiron continua a abordar o tema dos refugiados islâmicos e sua saga em busca da dignidade na Europa. Um drama delicado e inteligente, a produção é uma aula de sociologia e empatia.

Embora seja um filme para crianças, “Ponte para Terabítia” tem um enredo que emociona pessoas de todas as idades. O universo criado pela escritora Katherine Paterson para ajudar o filho a superar um luto fala exatamente sobre isso, sobre usar a imaginação para sobreviver a traumas e perdas imensuráveis. O filme que mistura drama e fantasia é uma das obras mais tocantes e delicadas que você vai encontrar, hoje, no catálogo da Netflix.