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Richard Gray confirma a validade de tudo quanto se sabe sobre faroestes em “Assassinato em Yellowstone”, amalgamando a força atávica do western à energia crescente de um thriller austero, conduzido por um ex-escravo que chega à Cidade de Yellowstone, Montana, dezoito anos depois da abolição da escravatura nos Estados Unidos disposto a ganhar a vida honestamente. O roteiro de Eric Belgau guarda uma surpresa a cada novo lance, como se repetisse uma fórmula, mas ninguém ousa afirmar que o enredo não vai além do que se poderia antever.

A família aparentemente feliz que protagoniza “A Filha do Rei do Pântano”, o thriller de Neil Burger, engana o público até que as máscaras comecem a cair, da mesma forma que acontece nos palacetes de capa de revista no mundo todo. O roteiro de Karen Dionne e Elle e Mark Smith adaptam o livro homônimo de Dionne, publicado em 2017, com a intenção de levar o espectador por um caminho tão vacilante quanto o terreno sobre o qual seus personagens se deslocam, manobra arriscada de que tira resultados ora louváveis, ora artificiosos.

“Anatomia de uma Queda”, dirigido por Justine Triet, mergulha profundamente nas complexidades de um casamento em colapso. O filme, estrelado por Sandra Hüller, aborda a linha tênue entre amor e destruição, revelando verdades amargas e segredos ocultos. Com um roteiro denso e performances intensas, esta produção francesa, vencedora da Palma de Ouro, desafia o espectador a desvendar os mistérios de uma relação marcada pela tragédia.